A relação entre o engajamento profissional dos auxiliares de medicina e suas preocupações quanto ao fato de terem
OBJETIVOS: Procuramos examinar associações entre o engajamento profissional e preocupações autorrelatadas de auxiliares de medicina (medical assistants) em relação ao fato de terem cometido erros no cuidado de saúde. MÉTODOS: Utilizamos dados de um questionário transversal respondido por 424 auxiliares de medicina na Alemanha (coletados entre março e maio de 2021). A Utrecht Work Engagement Scale, com 9 itens, avaliou as subdimensões vigor, dedicação e absorção. Os participantes relataram ainda se estavam preocupados com o fato de terem cometido um erro importante no cuidado de saúde nos últimos três meses. As pontuações de engajamento no trabalho foram usadas como variáveis categorizadas (tercis mais altos vs. outros tercis) e variáveis contínuas (z-scores), e suas associações com as preocupações dos profissionais foram examinadas usando regressão logística multivariada para estimar odds ratios (ORs) e intervalos de confiança (ICs) de 95%. RESULTADOS: Um alto vigor (vs. baixo vigor) e uma alta dedicação (vs. baixa dedicação) estiveram associados a uma probabilidade substancialmente reduzida de expressar preocupações quanto ao cometimento de um erro importante no cuidado de saúde (OR 0,19, IC 95% 0,04-0,85 e OR 0,25, IC 95% 0,07-0,88, respectivamente), o que não foi observado na subdimensão de absorção (OR 1,10, IC 95% 0,43-2,86). Análises com z-scores confirmaram este padrão de associações para vigor e absorção, mas com uma associação mais fraca para dedicação (OR 0,72, IC 95% 0,47-1,11). CONCLUSÕES: O vigor e possivelmente também a dedicação estão inversamente relacionados à preocupação dos profissionais quanto ao fato de terem cometido um erro importante no cuidado de saúde. Nossos resultados sugerem que a promoção destas subdimensões do engajamento profissional pode melhorar a segurança do paciente.
OBJECTIVES: We aimed to examine associations of work engagement with self-reported concerns of having made medical errors among medical assistants. METHODS: We used cross-sectional questionnaire data from 424 medical assistants in Germany (collected between March and May 2021). The nine-item Utrecht Work Engagement Scale assessed the subdimensions vigor, dedication, and absorption. Participants further reported whether they were concerned that they had made an important medical error in the last three months. Work engagement scores were used both as categorized variables (i.e., highest tertile vs. remaining tertiles) and continuous variables (i.e., z-scores) and their associations with concerns to have made an important medical error were examined using multivariable logistic regression to estimate odds ratios (ORs) and corresponding 95% confidence intervals (CIs). RESULTS: High vigor (versus low vigor) and high dedication (versus low dedication) were associated with substantially reduced odds of expressing concerns to have made an important medical error (OR = 0.19, 95%CI = 0.04-0.85 and OR = 0.25, 95%CI = 0.07-0.88, respectively), but absorption was not (OR = 1.10, 95%CI = 0.43-2.86). Analyses with z-scores confirmed this pattern of associations for vigor and absorption, but less so for dedication (OR = 0.72, 95%CI = 0.47-1.11). CONCLUSIONS: Vigor and possibly also dedication are inversely related to concerns of having made an important medical error. Our findings may suggest that promotion of these subdimensions of work engagement may improve patient safety.
