Revisão baseada em evidências sobre os efeitos da suplementação nutricional para a prevenção de lesões por pressão
Resumo
O objetivo desta revisão baseada em evidências foi explorar se as evidências corroboram o uso de suplementos nutricionais em estratégias de prevenção de lesões por pressão (LPP). Fizemos pesquisas em várias bases de dados eletrônicas, incluindo Ovid MEDLINE (de 1946 a 28 de maio de 2019), Ovid EMBASE (de 1947 a 28 de maio de 2019), EBSCO CINAHL (até 13 de junho de 2019), Scopus (até 9 de julho de 2019) e Web of Science (até 13 de junho de 2019). Não impusemos limitações quanto ao ano de publicação. Os estudos considerados para inclusão foram os que tivessem populações adultas, e só revisamos textos em inglês cujo texto completo estivesse disponível. Usamos a ferramenta AMSTAR (uma ferramenta de medição para revisões sistemáticas) para avaliar a qualidade dos estudos incluídos. Também usamos os níveis de evidência do Oxford Centre for Evidence-Based Medicine (OCEBM) para avaliar o nível de evidências. Empregamos o instrumento AGREE II (Appraisal of Guidelines for Research and Evaluation Instrument) para avaliar artigos de diretrizes e a ferramenta AXIS (Appraisal tool for Cross-Sectional Studies) para estudos transversais. A pesquisa identificou 1.761 estudos. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, mantivemos 24 estudos com vários desenhos, incluindo 10 revisões sistemáticas, 5 revisões clínicas, 3 estudos controlados randomizados, 2 estudos observacionais, 1 estudo quase-experimental, 1 estudo transversal, 1 estudo de coorte e 1 diretriz clínica. Dois deles foram classificados como estudos de alta qualidade, 14 como estudos de qualidade moderada, 5 como estudos de baixa qualidade e 3 como estudos de qualidade criticamente baixa. A maioria dos estudos revisados teve qualidade baixa a moderada devido a vieses no desenho de estudo e descrição incompleta dos dados, não preenchendo os critérios das ferramentas de avaliação. Entretanto, a maioria dos estudos demonstrou uma redução na incidência de LPP após a suplementação nutricional, embora não significativa. Não está claro se o uso de ferramentas de avaliação farmacológica para avaliar estudos não farmacológicos é apropriado. Apesar da qualidade baixa a moderada dos estudos incluídos nesta revisão, os suplementos nutricionais parecem ter um efeito na prevenção de LPP.
Abstract
The objective of this evidence-based review was to explore whether the evidence supports the use of nutritional supplements in pressure ulcer (PU) prevention strategies. Several electronic databases, including Ovid MEDLINE (1946 to May week 32 019), Ovid EMBASE (1947 to May 28, 2019), EBSCO CINAHL (until June 13, 2019), Scopus (until July 9, 2019), and the Web of Science (until June 13, 2019) were searched. No limitation was placed on the year of publication. Studies considered for inclusion were those with adult populations, and only English language texts with available full text were reviewed. AMSTAR (a measurement tool to assess systematic reviews) was used to evaluate the quality of the studies included in the systematic review. The Oxford Centre for Evidence-Based Medicine (OCEBM) 2011 Levels of Evidence was used to assess the level of evidence. Appraisal of Guidelines for Research and Evaluation Instrument (AGREE II) was used to assess guideline article, and Appraisal tool for Cross-Sectional Studies (AXIS) was also used for cross-sectional studies. The search identified 1761 studies. After the application of inclusion and exclusion criteria, 24 studies were retained of various designs, including 10 systematic reviews, five clinical reviews, three randomised controlled trials, two observational studies, one quasi-experimental study, one cross-sectional study, one cohort study, and one Clinical Guideline. Two were rated as high-quality reviews, 14 were rated as moderate-quality reviews, five were rated as low-quality reviews, and three were rated as critically low-quality reviews. The majority of the reviewed studies were of low-to-moderate quality because of biases in the study design and incomplete data reporting, which did not fulfil the reporting criteria of the appraisal tools. However, the majority of the studies showed a reduction in PU incidence after nutritional supplement though not significant. Whether the use of pharmacological appraisal tools to assess non-pharmacological studies is appropriate is unclear. Regardless of the low-to-moderate quality of the studies in this review, nutritional supplements appear to play a role in PU prevention.