Satisfação de enfermeiros e médicos com a introdução do sistema de resposta rápida em hospitais holandeses
Contexto: Os sistemas de resposta rápida (SRRs) foram introduzidos em hospitais para melhorar o reconhecimento e a resposta diante de pacientes internados nas enfermarias com sinais de deterioração clínica. O valor de um SRR não depende apenas de resultados de saúde relevantes dos pacientes, mas também da satisfação de enfermeiros e médicos com o sistema. O objetivo deste estudo foi medir o grau de satisfação com um SRR e analisar fatores que influenciam o grau de implementação.
Métodos: Distribuímos questionários entre médicos e enfermeiros em enfermarias clínicas e cirúrgicas participantes do estudo COMET, 7 e 14 meses após a introdução de uma Equipe de Resposta Rápida (ERR). Os questionários incluíram 24 perguntas sobre o uso e o grau de satisfação com as ferramentas MEWS (Modified Early Warning Score, Escore Modificado de Alerta Precoce), SBAR (Situation, Background, Assessment, Recommendation, Situação, Contexto, Avaliação, Recomendação) e com a ERR.
Resultados: A taxa de resposta foi de 1005/1920 (52%). A satisfação com a implementação do SRR foi geralmente maior após 14 meses do que após 7 meses e entre participantes de enfermarias cirúrgicas versus clínicas. Em uma análise multivariada, os preditores independentes da alta satisfação foram o momento de aplicação do questionário (14 meses versus 7 meses após a implementação de uma ERR), o apoio à ERR pelos administradores locais da enfermaria e uma ERR considerada aberta e acessível.
Conclusões: Os nossos resultados mostram que os profissionais de saúde em enfermarias hospitalares estão geralmente muito satisfeitos com os serviços prestados pela ERR, com o uso do instrumento MEWS para reconhecer pacientes em deterioração e com a ferramenta de comunicação SBAR para melhorar a comunicação entre enfermeiros e médicos. A satisfação com a ERR foi maior aos 14 meses do que aos 7 meses.
Background: Rapid Response Systems (RRSs) have been introduced in hospitals to improve recognition of and response to deteriorating hospital ward patients. The value of an RRS depends not only on relevant patient outcomes but also on how satisfied nurses and physicians are with the system. The aim of the study was to measure the degree of satisfaction with an RRS and analyse factors influencing the degree of implementation.
Methods: Questionnaires were distributed among physicians and nurses on medical and surgical wards participating in the COMET study at 7 and 14 months after introduction of a Rapid Response Team (RRT). The questionnaires included 24 questions regarding the use and the degree of satisfaction with the Modified Early Warning Score MEWS/SBAR tool and the RRT.
Results: The response rate was 1005/1920 (52%). Satisfaction with implementation of the RRS was generally higher at t=14 compared with t=7 months and in respondents working on surgical versus medical wards. In a multivariate analysis, independent predictors of high satisfaction were timing of the questionnaire (14 months versus 7 months after the start of an RRT), the support of the RRT system by local ward management, and having an RRT that was considered to be open and approachable.
Conclusions: Our findings show that healthcare workers on hospital wards are generally very satisfied with the services offered by the RRT, the use of the MEWS instrument to recognise deteriorating patients and the SBAR communication tool to improve communication between nurses and doctors. Satisfaction with the RRT was higher at 14 months compared with 7 months.