Segurança digital: a próxima fronteira para a segurança do paciente

Kelsey Flott ; James Maguire ; Natasha Phillips
Título original:
Digital safety: the next frontier for patient safety
Resumo:

A segurança no cuidado de saúde é o resultado das ações de muitas partes inter-relacionadas do sistema de saúde, que mudam com o tempo; por isso, os esforços para melhorar a segurança também precisam evoluir e modernizar-se para prevenir os riscos emergentes. Uma mudança importante é que os registros e a infraestrutura de dados necessários para melhorar e avaliar a segurança apoiam-se ou dependem cada vez mais de tecnologias digitais. Para continuar a reduzir os danos e salvar vidas é necessária uma análise mais profunda das tecnologias digitais: tanto sobre os riscos que elas criam quanto as soluções que oferecem. As prioridades da segurança clínica digital podem ser consideradas em duas partes: em primeiro lugar, a segurança intrínseca das tecnologias; em segundo, a capacidade extrínseca das tecnologias de impulsionar a segurança. Para abraçar esses dois componentes, é preciso que a segurança clínica digital se torne parte da cultura do cuidado de saúde, de modo que todos compreendam o seu papel na segurança clínica digital. Ela deve incluir processos fáceis de seguir, com orientações claras e acessíveis, acompanhados de padrões específicos. Os pacientes e profissionais devem ser capacitados e empoderados através do treinamento em segurança clínica digital. Por fim, a visão para a segurança digital precisa incluir soluções de segurança habilitadas pela tecnologia digital, que deve ser aplicada de forma apropriada para lidar com os principais problemas de segurança do paciente.
 

Resumo Original:

Healthcare safety is the product of many interrelated parts of the health system that change over time, so efforts to improve safety also need to evolve and modernise to pre-empt emerging risks. One major shift is that the records and data infrastructure necessary to support safety improvements and evaluation are increasingly facilitated by, or dependent on, digital technologies. Continuing to reduce harm and save lives requires taking a closer look at digital technologies, both in the risks they present and the solutions they offer. The priorities for digital clinical safety can be considered in two parts: first, the intrinsic safety of technologies, and second, the extrinsic ability of technologies to drive safety. Embracing these two components requires digital clinical safety to become part of the healthcare culture, with everyone understanding their role in digital clinical safety. It must include processes being easy to follow with clear, accessible guidance, accompanied by targeted standards. Patients and staff must be equipped and empowered via digital clinical safety training. Finally, the vision for digital safety includes safety solutions that should be digitally enabled, with digital technologies appropriately applied to tackle major patient safety issues.

Fonte:
Future Healthc J ; 8(3): e598-e601; 2022. DOI: 10.7861/fhj.2021-0152..