Segurança do paciente em cuidado paliativo no final da vida sob a perspectiva do pensamento complexo
As ações para a segurança do paciente no final da vida devem estar alinhadas com os princípios do cuidado paliativo, tais como a promoção do conforto e qualidade de vida. Diante desse processo complexo, os profissionais da saúde precisam buscar as relações centrais entre os conceitos de segurança e cuidado paliativo até o final da vida, em consonância com os desejos e expectativas da pessoa e dos familiares/cuidadores e com os recursos disponíveis e a capacidade dos serviços. Mas, acima de tudo, devem reforçar a importância de uma abordagem de cuidado não reducionista, que englobe os diversos aspectos inerentes ao ser humano. Assim, apresentamos uma nova visão sobre a segurança do paciente em cuidado paliativo no final da vida baseada no pensamento complexo de Edgar Morin, em evidências científicas e em políticas de saúde no contexto global. Discutimos as deficiências e disjunções no pensamento e na prática do cuidado paliativo ao final da vida e na segurança do paciente, bem como os desafios para a conjunção desses temas complexos. Por fim, apresentamos possíveis maneiras de aplicar o pensamento complexo à prestação de um cuidado seguro no final da vida do paciente. A problematização de diferentes aspectos para a interposição de conhecimentos sobre a segurança do paciente em cuidado paliativo no final da vida retrata a existência de conexões intersubjetivas e a multidimensionalidade que permeiam as diretrizes, ações e relações que sustentam as disciplinas.
Actions for patient safety at the end of life must be aligned with the principles of palliative care, such as promoting comfort and quality of life. Faced with this complex process, health professionals need to seek the central relationships of the concepts of safety and palliative care to the end of life, in line with the wishes and expectations of the person and family members/caregivers, as well as with available resources and the capacity of services but, above all, reinforcing the importance of a non-reductionist care approach, which encompasses the various aspects inherent to humans. Hence, we present a new vision of patient safety in palliative care at the end of life based on the complex thinking of Edgar Morin, scientific evidence, and health policies in the global context. We discuss the deficiencies and disjunctions in thought and practice of palliative care at the end of life and patient safety, as well as the challenges for the conjunction of these complex themes, to finally present potential ways to apply complex thinking in the safe care of the patient at the end of life. The problematization of different aspects for the interposition of knowledge about patient safety in palliative care at the end of life portrays the existence of intersubjective connections and the multidimensionality that permeate the guidelines, actions and relationships that sustain the disciplines.
