Simplificação da técnica de higienização das mãos da OMS: três etapas são tão efetivas quanto seis – resultados de um estudo experimental cruzado randomizado

TSCHUDIN-SUTTER, S. ; ROTTER, M.L. ; FREI, R. ; NOGARTH, D. ; HAUSERMANN, P. ; STRANDEN, A. ; PITTET, D.
Título original:
Simplifying the WHO 'how to hand rub' technique: three steps are as effective as six-results from an experimental randomized crossover trial
Resumo:

Objetivos: A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou diretrizes sobre higienização das mãos, recomendando uma técnica em seis etapas para a aplicação de solução à base de álcool. No entanto, a adesão a todas as seis etapas é baixa. Avaliamos uma técnica simplificada em três etapas e a comparamos com a técnica convencional em seis etapas da OMS em termos da redução da contagem bacteriana nas mãos dos profissionais da saúde.

Métodos: Trinta e dois participantes foram designados aleatoriamente para higienizar as mãos usando a técnica em seis etapas (grupo de referência da OMS) ou uma técnica simplificada em três etapas (grupo de intervenção). As designações foram invertidas após 1 dia. O grau de destruição bacteriana foi avaliado segundo a norma europeia para o teste de produtos de higienização das mãos. As mãos foram contaminadas com Escherichia coli, e a redução logarítmica média na contagem bacteriana foi comparada entre as duas técnicas.

Resultados: A densidade bacteriana antes da higienização das mãos não diferiu entre o grupo de referência da OMS (mediana 6,37 log10 UFCs, intervalo interquartil [IIQ] 6,19-6,54) e o grupo de intervenção (mediana 6,34 log10 UFCs, IIQ 6,17-6,60, p=0,513). Após a higienização das mãos, o fator de redução logarítmica foi maior no grupo de intervenção (mediana 4,45, IIQ 4,04-5,15) que no grupo de referência da OMS (mediana 3,91, IIQ 3,69-4,62, p=0,021).

Conclusões: A técnica de higienização das mãos em 6 etapas da OMS pode ser simplificada para um procedimento em 3 etapas, com base na redução das contagens bacterianas nas mãos dos profissionais da saúde observadas em condições experimentais. A técnica proposta é mais fácil de executar e pode melhorar a adesão à higienização das mãos.

Palavras-Chave: Contagem bacteriana; Higienização das mãos; Fator de redução; Técnica; Três etapas

Resumo Original:

Objectives: The World Health Organization (WHO) issued guidelines on hand hygiene recommending a six-step 'how to hand rub' technique for applying alcohol-based hand rub. However, adherence to all six steps is poor. We assessed a simplified three-step technique and compared it to the conventional WHO six-step technique in terms of bacterial count reduction on healthcare workers' hands.

Methods: Thirty-two participants were randomly assigned to clean their hands following the six-step 'how to hand rub' technique (WHO reference group) or a simplified three-step technique (intervention group). Assignments were reversed after 1 day. The degree of bacterial killing was assessed following the European norm for testing hand hygiene products. Hands were contaminated with Escherichia coli, and the mean logarithmic reduction in bacterial counts was compared between both techniques.

Results: Bacterial density before hand hygiene performance did not differ between the WHO reference group (median 6.37 log10 CFU, interquartile range (IQR) 6.19-6.54) and the intervention group (median 6.34 log10 CFU, IQR 6.17-6.60, p 0.513). After hand hygiene, the logarithmic reduction factor was higher in the intervention group (median 4.45, IQR 4.04-5.15) compared to the WHO reference group (median 3.91, IQR 3.69-4.62, p 0.021).

Conclusions: The WHO six-step 'how to hand rub' technique can be simplified to a 3-step procedure based on the reduction of bacterial counts on healthcare workers' hands achieved under experimental conditions. The proposed technique is easier to perform and could improve adherence to the execution of hand hygiene action.

Fonte:
Clinical Microbiology and Infection : the Official Publication of the European Society of Clinical Microbiology and Infectious Diseases ; 23(6): 409.e1-409.e4; 2017. DOI: 10.1016/j.cmi.2016.12.030.