Sinais locais no sítio de inserção e infecções da corrente sanguínea associadas a cateteres: uma análise observacional post hoc usando dados individuais de quatro estudos controlados e randomizados

Niccolò Buetti ; Stéphane Ruckly ; Jean-Christophe Lucet ; Lila Bouadma ; Maité Garrouste-Orgeas ; Carole Schwebel ; Olivier Mimoz
Título original:
Local signs at insertion site and catheter-related bloodstream infections: an observational post hoc analysis using individual data of four RCTs
Resumo:

Resumo
Contexto: Sabe-se pouco sobre a associação entre sinais locais e infecções de cateteres intravasculares. Este estudo procurou avaliar a associação entre sinais locais na remoção de cateteres e infecções da corrente sanguínea associadas a cateteres (IPCS), bem como as condições clínicas que podem prever IPCS se houver inflamação no local de inserção.
Métodos: Utilizamos dados individuais de quatro estudos controlados e randomizados multicêntricos em unidades de terapia intensiva (UTIs) que avaliaram várias estratégias de prevenção para cateteres arteriais e venosos centrais. Utilizamos regressões logísticas multivariadas para estudar a associação entre ≥1 sinal local, rubor, dor, secreção não purulenta e secreção purulenta e a ocorrência de IPCS. Além disso, avaliamos a probabilidade, para cada sinal local, de ocorrência de IPCS em subgrupos de condições clinicamente relevantes.
Resultados: O estudo incluiu 6.976 pacientes, 14.590 cateteres (101.182 cateteres-dias) e 114 IPCS, de 25 UTIs, nos quais os sinais locais foram descritos. Mais de um sinal local, rubor, dor, secreção não purulenta e secreção purulenta na remoção do cateter foram observados em 1.938 (13,3%), 1.633 (11,2%), 59 (0,4%), 251 (1,7%) e 102 (0,7%) episódios, respectivamente. Depois do ajuste por fatores de confusão, ≥1 sinal local, vermelhidão, secreção não purulenta e secreção purulenta estiveram associadas à ocorrência de IPCS. A presença de ≥1 sinal local aumentou a probabilidade de ser observada uma IPCS nos primeiros 7 dias de permanência do cateter (OR 6,30 vs. 2,61 [>7 cateteres-dias], pheterogeneidade=0,02).
Conclusões: Os sinais locais foram significativamente associados à ocorrência de IPCS em UTIs. Nos primeiros 7 dias de permanência dos cateteres, os sinais locais aumentaram a probabilidade de ser observada uma IPCS.
 

Resumo Original:

Abstract
Background: Little is known on the association between local signs and intravascular catheter infections. This study aimed to evaluate the association between local signs at removal and catheter-related bloodstream infections (CRBSI), and which clinical conditions may predict CRBSIs if inflammation at insertion site is present.
Methods: We used individual data from four multicenter randomized controlled trials in intensive care units (ICUs) that evaluated various prevention strategies for arterial and central venous catheters. We used multivariate logistic regressions in order to evaluate the association between ≥ 1 local sign, redness, pain, non-purulent discharge and purulent discharge, and CRBSI. Moreover, we assessed the probability for each local sign to observe CRBSI in subgroups of clinically relevant conditions.
Results: A total of 6976 patients and 14,590 catheters (101,182 catheter-days) and 114 CRBSI from 25 ICUs with described local signs were included. More than one local sign, redness, pain, non-purulent discharge, and purulent discharge at removal were observed in 1938 (13.3%), 1633 (11.2%), 59 (0.4%), 251 (1.7%), and 102 (0.7%) episodes, respectively. After adjusting on confounders, ≥ 1 local sign, redness, non-purulent discharge, and purulent discharge were associated with CRBSI. The presence of ≥ 1 local sign increased the probability to observe CRBSI in the first 7 days of catheter maintenance (OR 6.30 vs. 2.61 [> 7 catheter-days], pheterogeneity = 0.02).
Conclusions: Local signs were significantly associated with CRBSI in the ICU. In the first 7 days of catheter maintenance, local signs increased the probability to observe CRBSI.
 

Fonte:
Critical Care : the Official Journal of the Critical Care Forum ; 24(1): 694; 2020. DOI: 10.1186/s13054-020-03425-0.