Tornando a cirurgia correta
Objetivo: Tentamos identificar fatores que contribuem para a cirurgia em local errado (paciente, procedimento, lado ou parte errada).
Métodos: Examinamos todos os relatos de todos os hospitais e centros cirúrgicos ambulatoriais num estado dos EUA que exige a notificação da cirurgia em local errado desde o início da exigência de notificação em junho de 2004 até dezembro de 2006. Resultados: Ao longo de 30 meses, houve 427 relatos de quase-erros [near misses] (253) ou intervenções cirúrgicas iniciadas (174) envolvendo o paciente errado (34), o procedimento errado (39) o lado errado (298) e/ou a parte errada (60); em 83 pacientes os procedimentos incorretos foram realizados até sua conclusão. Procedimentos nos membros inferiores foram os mais comuns (30%). Fatores que contribuíram para erros que resultaram no início de cirurgias no local errado foram o posicionamento do paciente (20) e intervenções anestésicas (29) antes de qualquer processo planejado de "pausa cirúrgica[time-out], o fato de não se verificar os consentimentos (22) ou as marcas no sítio cirúrgico (16) e de não se realizar um processo adequado de pausa cirúrgica [time-out] (17). Ações ligadas aos cirurgiões responsáveis pela operação contribuíram em 92 casos. Fontes comuns para a correção do problema, de modo a impedir a cirurgia em local errado, foram os pacientes (57), enfermeiras circulantes de sala (30) e a verificação de consentimentos (43). É interessante notar que 31 processos formais de pausa cirúrgica [time-out] não foram capazes de impedir a realização de uma cirurgia Cerrada.
Conclusões: A cirurgia em local errado continua a ocorrer regularmente, especialmente a cirurgia no lado errado, mesmo depois da verificação formal do sítio. Muitos erros ocorrem antes da pausa cirúrgica [time-out]; alguns persistem apesar do protocolo de verificação. Pacientes e enfermeiros são os maiores aliados dos cirurgiões. A verificação, que deve começar pela verificação do consentimento, deve ocorrer em diversos momentos antes da incisão.
Objective: We sought to identify factors contributing to wrong-site surgery (wrong patient, procedure, side, or part).
Methods: We examined all reports from all hospitals and ambulatory surgical centers--in a state that requires reporting of wrong-site surgery-from the initiation of the reporting requirement in June 2004 through December 2006. Results: Over 30 months, there were 427 reports of near misses (253) or surgical interventions started (174) involving the wrong patient (34), wrong procedure (39), wrong side (298), and/or wrong part (60); 83 patients had incorrect procedures done to completion. Procedures on the lower extremities were the most common (30%).Common contributions to errors resulting in the initiation of wrong-site surgery involved patient positioning (20) and anesthesia interventions (29) before any planned time-out process, not verifying consents (22) or site markings (16), and not doing a proper time-out process (17). Actions involving operating surgeons contributed to 92.Common sources of successful recovery to prevent wrong-site surgery were patients (57), circulating nurses (30), and verifying consents (43). Interestingly, 31 formal time-out processes were unsuccessful in preventing "wrong" surgery.
Conclusions: Wrong-site surgery continues to occur regularly, especially wrong-side surgery, even with formal site verification. Many errors occur before the time-out; some persist despite the verification protocol. Patients and nurses are the surgeons best allies. Verification, starting with verification of the consent, needs to occur at multiple points before the incision.