Uma abordagem baseada na competência clínica para examinar as atitudes de enfermeiros britânicos e finlandeses sobre o modelo de sistema de resposta rápida: um estudo em dois hospitais de cuidado agudo

MinaAzimiradRN, MNSc ; CarinMagnussonPhD ; AllisonWisemanRN, DClinP ; TuomasSelanderMSc ; IlkkaParviainenMD, PhD ; HanneleTurunenRN, PhD
Título original:
A clinical competence approach to examine British and Finnish nurses' attitudes towards the rapid response system model: A study in two acute hospitals
Resumo:

CONTEXTO: A competência clínica dos enfermeiros envolve uma integração de conhecimentos, habilidades, atitudes, capacidade cognitiva e valores, o que afeta intensamente a forma como os pacientes em deterioração são tratados. OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi examinar as atitudes dos enfermeiros em relação ao sistema de resposta rápida em dois hospitais de cuidado agudo com diferentes modelos de resposta rápida. MÉTODOS: Realizamos um estudo transversal comparativo e correlacional. Distribuímos a 388 enfermeiros clínicos e cirúrgicos registrados em um hospital de cuidado agudo no Reino Unido e em outro na Finlândia uma versão modificada do questionário “Atitudes dos enfermeiros em relação à equipe de emergências médicas”. Ao todo, 179 enfermeiros responderam. Usamos métodos estatísticos, como a análise fatorial exploratória, testes U de Mann-Whitney, testes de Kruskal-Wallis, testes do qui-quadrado e análises de regressão univariada e multivariada. RESULTADOS: Em geral, os enfermeiros tiveram atitudes positivas em relação aos sistemas de resposta rápida. As atitudes dos enfermeiros britânicos e finlandeses em relação à ativação do sistema de resposta rápida foram diferentes quando questionados sobre como lidam com um paciente em condição estável (com sinais vitais normais), mas preocupante. Os enfermeiros finlandeses contaram mais com a intuição e se mostraram menos propensos a ativar o sistema de resposta rápida. Aproximadamente a metade dos enfermeiros percebeu a influência do médico como uma barreira para a ativação do sistema de resposta rápida. O único fator sociodemográfico associado à ativação mais livre do sistema pelos enfermeiros foi a experiência de trabalho ≥10 anos. CONCLUSÕES: Os resultados deste estudo ajudam a conhecer melhor as atitudes dos enfermeiros e a identificar atitudes que poderiam atuar como fatores facilitadores ou barreiras para a ativação do sistema de resposta rápida. O estudo sugere que as atitudes dos enfermeiros em relação à influência dos médicos e à intuição precisam ser melhoradas por meio do desenvolvimento contínuo de competências clínicas. Quando o modelo de sistema incluiu a “condição preocupante” como um dos parâmetros para a ativação, os enfermeiros se mostraram mais propensos a ativar o sistema de resposta rápida. Futuros modelos de sistemas de resposta rápida podem precisar de instruções claras e baseadas em evidências para enfermeiros que estão tratando pacientes em condição estável (com sinais vitais normais), mas preocupantes, devendo também reconhecer a intuição e o julgamento clínico dos enfermeiros.

Resumo Original:

BACKGROUND: Nurses' clinical competence involves an integration of knowledge, skills, attitudes, thinking ability, and values, which strongly affects how deteriorating patients are managed. OBJECTIVES: The aim of the study was to examine nurses' attitudes as part of clinical competence towards the rapid response system in two acute hospitals with different rapid response system models. METHODS: This is a comparative cross-sectional correlational study. A modified "Nurses' Attitudes Towards the Medical Emergency Team" tool was distributed among 388 medical and surgical registered nurses in one acute hospital in the UK and one in Finland. A total of 179 nurses responded. Statistical analyses, including exploratory factor analysis, Mann-Whitney U tests, Kruskal-Wallis tests, chi-square tests, and univariate and multivariate regression analyses, were used. FINDINGS: Generally, nurses had positive attitudes towards rapid response systems. British and Finnish nurses' attitudes towards rapid response system activation were divided when asked about facing a stable (normal vital signs) but worrisome patient. Finnish nurses relied more on intuition and were more likely to activate the rapid response system. Approximately half of the nurses perceived the physician's influence as a barrier to rapid response system activation. The only sociodemographic factor that was associated with nurses activating the rapid response system more freely was work experience ≥10 years. CONCLUSIONS: The findings are beneficial in raising awareness of nurses' attitudes and identifying attitudes that could act as facilitators or barriers in rapid response system activation. The study suggests that nurses' attitudes towards physician influence and intuition need to be improved through continuing development of clinical competence. When the system model included "worrisome" as one of the defined parameters for activation, nurses were more likely to activate the rapid response system. Future rapid response system models may need to have clear evidence-based instructions for nurses when they manage stable (normal vital signs) but worrisome patients and should acknowledge nurses' intuition and clinical judgement.

Fonte:
Australian critical care : official journal of the Confederation of Australian Critical Care Nurses ; 00039-4: S1036-7314; 2022. DOI: doi.org/10.1016/j.aucc.2021.02.011.