Uma revisão exploratória de novas implementações de modelos interprofissionais de rondas em enfermarias para melhorar o trabalho em equipe, o cuidado e os resultados de saúde em hospitais
A má comunicação nas equipes de saúde é comum, contribuindo para erros no cuidado de saúde, ineficiência, conflitos e outros resultados adversos. As rondas interprofissionais (RIs) em enfermarias são um modelo promissor no qual duas ou mais profissões da saúde se reúnem com pacientes e familiares como parte de uma rotina consistente e baseada em equipe para compartilhar informações e chegar, de forma colaborativa, a um plano de atenção diário. O objetivo desta revisão sistemática exploratória foi investigar a amplitude e a qualidade da literatura sobre RIs, a fim de identificar e descrever lacunas e oportunidades para estudos futuros. Seguimos um referencial adaptado de Arksey e O'Malley e as diretrizes PRISMA para revisões exploratórias. Fizemos pesquisas nas bases de dados PubMed, CINAHL, PsycINFO e Embase utilizando palavras-chave e conceitos relacionados a RIs até junho de 2020. Ao todo, 79 artigos preencheram os critérios de inclusão e foram submetidos à abstração de dados. Avaliamos a qualidade dos estudos usando a Ferramenta de Avaliação de Métodos Mistos. As publicações nesta área aumentaram desde 2014, e a maioria dos estudos relatou impactos positivos da implementação das RIs em uma série de resultados relacionados à equipe, ao paciente e à qualidade da prestação do cuidado. Apesar da preponderância de resultados positivos, a grande heterogeneidade e o uso de desenhos de estudo quantitativos não randomizados ainda são comuns na pesquisa existente. Cada vez mais intervenções para melhorar a segurança, a qualidade e as experiências com o cuidado de saúde em ambientes hospitalares se concentram na reformulação das rondas diárias em enfermarias. A escassez de informações sobre as características das RIs e as suas estratégias de implementação, juntamente com amplas variações na terminologia, na qualidade e nos desenhos dos estudos, criam desafios na avaliação da efetividade dos modelos de rondas e das melhores estratégias de implementação. Esta revisão exploratória destaca a necessidade de estudos adicionais sobre os modelos de rondas em enfermarias, suas estratégias de implementação e resultados, de modo a facilitar a pesquisa comparativa.
Poor communication within healthcare teams occurs commonly, contributing to inefficiency, medical errors, conflict, and other adverse outcomes. Interprofessional bedside rounds (IBR) are a promising model that brings two or more health professions together with patients and families as part of a consistent, team-based routine to share information and collaboratively arrive at a daily plan of care. The purpose of this systematic scoping review was to investigate the breadth and quality of IBR literature to identify and describe gaps and opportunities for future research. We followed an adapted Arksey and O’Malley Framework and PRISMA scoping review guidelines. PubMed, CINAHL, PsycINFO, and Embase were systematically searched for key IBR words and concepts through June 2020. Seventy-nine articles met inclusion criteria and underwent data abstraction. Study quality was assessed using the Mixed Methods Assessment Tool. Publications in this field have increased since 2014, and the majority of studies reported positive impacts of IBR implementation across an array of team, patient, and care quality/delivery outcomes. Despite the preponderance of positive findings, great heterogeneity, and a reliance on quantitative non-randomized study designs remain in the extant research. A growing number of interventions to improve safety, quality, and care experiences in hospital settings focus on redesigning daily inpatient rounds. Limited information on IBR characteristics and implementation strategies coupled with widespread variation in terminology, study quality, and design create challenges in assessing the effectiveness of models of rounds and optimal implementation strategies. This scoping review highlights the need for additional studies of rounding models, implementation strategies, and outcomes that facilitate comparative research.
