Medidas para Prestação de Contas - o emprego de indicadores para promover a melhoria de qualidade

Autor pessoal: 
CHASSIN, M. R.; LOEB, J. M.; SCHMALTZ, S .P.; WACHTER, R.M. ;
Título original: 
Accountability measures - using measurement to promote quality improvement
Resumo: 

Há cerca de 25 anos nos Estados Unidos, a avaliação e o monitoramento de desempenho do cuidado hospitalar ganharam espaço nas agendas de financiadores, gestores, profissionais de saúde e usuários dos serviços de saúde. Inicialmente, destacaram-se os indicadores de resultados, em particular a mortalidade hospitalar, mas gradativamente os indicadores de processo do cuidado passaram a ser considerados. São exemplos de iniciativas para a avaliação do desempenho a National Quality Measures Clearinghouse (www.qualitymeasures.ahrq.gov) da Agency for Healthcare Research and Quality - AHRQ - (www.ahrq.gov) e o Medicare Hospital Compare (www.medicare.gov/Hospital/Search/Welcome.asp). Esse editorial do NEJM assinado pelo Dr. M. Chassin, renomado pesquisador e liderança da The Joint Commission (www.jointcommission.org), propõe um modelo conceitual sobre a qualidade dos indicadores. O principal atributo de qualidade dos indicadores é sua capacidade de medir diretamente o impacto do cuidado no estado de saúde do paciente. O modelo conceitual orienta a seleção de medidas com base em quatro critérios: (i) ser baseada em sólida evidência científica; (ii) capturar com acurácia se o cuidado baseado em evidência foi prestado; (iii) medir uma etapa do processo de cuidado bem próxima ao resultado desejado, isto é, com o mínimo de processos intervenientes; e (iv) não ter consequências adversas indesejadas. O autor destaca que as medidas que atendem a esses critérios são prioritárias para avaliações externas (acreditação, pagamento por desempenho, entre outras) e, por isso ganham a denominação de indicadores para a prestação de contas. Há na atualidade uma crescente importância dos indicadores para a prestação de contas em outros pontos de cuidado, como o ambulatório, além de influenciarem os mecanismos de pagamento e proporcionarem maior transparência na qualidade do cuidado prestado.

Resumo original: 

Measuring the quality of health care and using those measurements to promote improvements in the delivery of care, to influence payment for services, and to increase transparency are now commonplace. These activities, which now involve virtually all U.S. hospitals, are migrating to ambulatory and other care settings and are increasingly evident in health care systems worldwide. Many constituencies are pressing for continued expansion of programs that rely on quality measurement and reporting.In this article, we review the origins of contemporary standardized quality measurement, with a focus on hospitals, where such programs have reached their most highly developed state. We discuss some lessons learned from recent experience and propose a conceptual framework to guide future developments in this fast-moving field. Although many of the points we make are relevant to all kinds of quality measurement, including outcome measures, we focus our comments on process measures, both because these account for most of the measures in current use and because outcome measures have additional scientific challenges surrounding the need for case-mix adjustment. We write not as representatives of the Joint Commission articulating a specific new position of that group, but rather as individuals who have worked in the fields of quality measurement and improvement in a variety of roles and settings over many years.

Data de publicação: 
2010
Fonte: 
N Engl J Med; 363(7): 683-688.
Idioma do conteúdo: 
doi: 
10.1056/NEJMsb1002320