Contexto: Os efeitos de unidades de terapia intensiva abertas (onde o cuidado é oferecido por equipes de medicina geral com a consultoria de um intensivista pulmonar) versus fechadas (onde o cuidado é oferecido por uma equipe especializada de terapia intensiva) sobre o contato de profissionais da saúde com os pacientes e a higienização das mãos pelos profissionais não são conhecidos.
Objetivo: Determinar se nas unidades de terapia intensiva fechadas ocorrem menos visitas de pacientes por profissionais da saúde e uma maior adesão à higienização das mãos, em comparação com unidades abertas.
Métodos: Utilizamos uma análise de tempo e movimento para observar duas salas de uma unidade de terapia intensiva num hospital de ensino associado à Faculdade de Medicina da Universidade de Indiana, em Indianápolis, durante 96 horas antes e após o fechamento da unidade. As principais medidas de desfecho foram a frequência de visitas de profissionais da saúde e suas taxas de adesão à higienização das mãos.
Resultados: Não foram observadas diferenças no número médio de visitas por sala por hora feitas por médicos (1,53 na unidade aberta × 1,27 na unidade fechada; p = 0,93) e enfermeiros (3,98 na unidade aberta × 4,14 na unidade fechada; p = 0,60). Não foram observadas diferenças na higienização das mãos "padrão ouro" entre médicos (0,00% na unidade aberta × 2,63% na unidade fechada; p = 0,11) e enfermeiros (2,50% na unidade aberta × 3,49% na unidade fechada; p = 0,51). Entretanto, a higienização das mãos caiu significativamente entre enfermeiros na unidade fechada (40,94% na unidade aberta × 29,84% na unidade fechada; p = 0,002).
Conclusão: O fechamento da unidade de terapia intensiva não reduziu o número de contatos entre profissionais da saúde e pacientes nem aumentou a adesão dos profissionais à higienização das mãos.
Background: The effects of open (care provided by general medicine teams with a pulmonary intensivist consultant) vs closed (care provided by a dedicated critical care team) intensive care units on health care workers' contact with patients and their hand hygiene is uncertain.
Objective: To determine if closed intensive care units have fewer visits of patients by health care providers and greater hand-washing compliance among providers than do open units.
Methods: Time-motion analysis was used to observe 2 rooms in a medical intensive care unit at a teaching hospital affiliated with Indiana University School of Medicine, Indianapolis, for 96 hours before and after closure of the unit. The main outcome measures were frequency of health care providers' visits and their hand-washing hygiene compliance rates.
Results: Mean number of visits per room per hour by physicians (1.53 in the open unit vs 1.27 in the closed unit; P = .93) and nurses (3.98 in open unit vs 4.14 in closed unit; P = .60) did not differ. No differences were observed in gold-standard hand washing among physicians (0.00% in open unit vs 2.63% in closed unit; P = .11) or nurses (2.50% in open unit vs 3.49% in closed unit; P = .51). However, hand washing decreased significantly in nurses in the closed unit (40.94% in open unit vs 29.84% in closed unit; P = .002).
Conclusion: Closing the intensive care unit did not decrease the number of contacts between health care providers and patients nor did it increase the providers' compliance with hand hygiene.