Contexto: As experiências dos enfermeiros como segundas vítimas têm impactos de longo prazo em seu bem-estar pessoal e profissional. O apoio centrado no indivíduo é necessário para ajudar os enfermeiros a lidarem com as várias fases da experiência da segunda vítima. Objetivos: Explorar os fatores pessoais e ligados ao ambiente de trabalho que facilitam ou dificultam o processo de lidar com as experiências de segunda vítima, da perspectiva de enfermeiros da linha de frente e administradores do cuidado de enfermagem. Desenho: Estudo qualitativo descritivo com entrevistas semiestruturadas. Métodos: Utilizamos a amostragem intencional para recrutar oito enfermeiros e sete administradores de enfermagem selecionados de cinco hospitais terciários situados na província de Hunan, na China. Os participantes incluíram enfermeiros que tiveram experiências como segundas vítimas, bem como administradores de enfermagem que tiveram que lidar com as experiências de seus enfermeiros como segundas vítimas. Fizemos a transcrição literal dos dados e os submetemos à análise temática. Resultados: A análise revelou quatro temas principais que influenciaram a capacidade dos enfermeiros de lidar com as experiências como segundas vítimas: a origem do trauma emocional, fatores pessoais, estresse no trabalho e sistemas de apoio. Por outro lado, o trauma emocional proveniente de pacientes e parentes, características pessoais negativas, as marcas deixadas pela experiência como segunda vítima e a falta de apoio no ambiente de trabalho foram obstáculos para lidar com essas experiências. Conclusão: Este estudo destaca os fatores facilitadores e as barreiras enfrentadas pelos enfermeiros ao lidarem com suas experiências como segundas vítimas, proporcionando ideias para o desenvolvimento de intervenções direcionadas que apoiem os enfermeiros e mitiguem os impactos negativos dessas experiências. O uso de abordagens abrangentes é mais eficaz para apoiar os enfermeiros a lidarem com essas experiências, melhorar a segurança do paciente e aprimorar a qualidade do cuidado.
Background. Second victim experiences have long-term impacts on the personal and professional well-being of nurses. Individual-centered support is necessary to help nurses cope with the various stages of the second victim experience. Objectives. To explore personal and workplace factors that facilitate or hinder coping styles for second victim experiences from the perspectives of both frontline nurses and nurse managers. Design. This was a descriptive qualitative study that incorporated semistructured interviews. Methods. Purposive sampling was employed to enlist a total of eight nurses and seven nurse managers selected from five tertiary hospitals located in Hunan Province, China. The study participants included nurses who had suffered second victim experiences and nurse managers who had grappled with their nurses' second victim experiences. The data were transcribed verbatim and analysed using thematic analysis. Results. The analysis revealed four main themes that influenced nurses' ability to cope with second victim experiences: source of emotional trauma, personal factors, job stress, and support system. In contrast, emotional trauma from patients and relatives, negative personal traits, shadows from the second victim experience, and unsupportive workplace environments were obstacles to coping with second victim experiences. Conclusion. The study highlights facilitators and barriers that nurses cope with second victim experiences, providing insight to develop targeted interventions that support nurses and mitigate the negative impacts of second victim experiences. A comprehensive approach is more effective in supporting nurses in coping with second victim experiences, improving patient safety, and enhancing the quality of care.