Cognição da equipe em passagens de caso: relacionando fatores do sistema, funções de cognição da equipe e resultados em duas passagens de caso

Abigail R Wooldridge
Pascale Carayon
Peter Hoonakker
Bat-Zion Hose
David W Shaffer
Tom Brazelton
Ben Eithun
Deborah Rusy
Joshua Ross
Jonathan Kohler
Michelle M Kelly
Scott Springman
Ayse P Gurses
Título original
Team Cognition in Handoffs: Relating System Factors, Team Cognition Functions and Outcomes in Two Handoff Processes
Resumo

OBJETIVO: Este estudo investiga como ocorre a cognição da equipe nas transições de cuidados do centro cirúrgico (CC) para a unidade de terapia intensiva (UTI). Buscamos, então, compreender como o sistema sociotécnico e a cognição da equipe estão relacionados. CONTEXTO: Passagens de caso eficazes são fundamentais para garantir a segurança do paciente e têm sido objeto de muitos esforços de melhoria. No entanto, os tipos de processamento cognitivo em nível de equipe durante as passagens de caso não foram explorados, nem está claro como o sistema sociotécnico molda a cognição da equipe. MÉTODO: Realizamos este estudo em um centro de trauma acadêmico de nível 1 no centro-oeste dos Estados Unidos. Vinte e oito médicos (cirurgia, anestesia, cuidados intensivos pediátricos) e enfermeiros (CC, UTI) participaram de entrevistas semiestruturadas. Foi realizada uma análise qualitativa de conteúdo e análise de rede epistêmica para entender as relações entre os fatores do sistema, a cognição da equipe nas passagens de caso e os resultados. RESULTADOS: Os participantes descreveram três funções cognitivas da equipe em passagens de caso: (1) troca de informações, (2) avaliação e (3) planejamento e tomada de decisões; a troca de informações foi a mais mencionada. Os fatores do sistema de trabalho influenciaram a cognição da equipe. As passagens de caso interprofissionais facilitaram a troca de informações, mas incluíram grandes equipes com diversas formações se comunicando, o que pode ser ineficiente. As passagens de caso intraprofissionais diminuíram o tamanho da equipe e a diversidade de funções, o que pode simplificar a comunicação, mas aumentar a perda de informações. Os participantes em passagens de caso interprofissionais refletiram significativamente mais sobre os resultados em relação aos fatores do sistema e à cognição da equipe (p < 0,001), enquanto os participantes em passagens de caso intraprofissionais discutiram as passagens de caso como uma tarefa. CONCLUSÃO: As passagens de caso incluem a cognição da equipe, que foi influenciada pelo desenho do sistema de trabalho. As oportunidades de melhoria das passagens de caso incluem um processo padronizado de forma flexível e ferramentas/tecnologias de apoio. Recomendamos a incorporação de perspectivas do paciente e da família em trabalhos futuros.
 

Resumo original

OBJECTIVE: This study investigates how team cognition occurs in care transitions from operating room (OR) to intensive care unit (ICU). We then seek to understand how the sociotechnical system and team cognition are related. BACKGROUND: Effective handoffs are critical to ensuring patient safety and have been the subject of many improvement efforts. However, the types of team-level cognitive processing during handoffs have not been explored, nor is it clear how the sociotechnical system shapes team cognition. METHOD: We conducted this study in an academic, Level 1 trauma center in the Midwestern United States. Twenty-eight physicians (surgery, anesthesia, pediatric critical care) and nurses (OR, ICU) participated in semi-structured interviews. We performed qualitative content analysis and epistemic network analysis to understand the relationships between system factors, team cognition in handoffs and outcomes. RESULTS: Participants described three team cognition functions in handoffs-(1) information exchange, (2) assessment, and (3) planning and decision making; information exchange was mentioned most. Work system factors influenced team cognition. Inter-professional handoffs facilitated information exchange but included large teams with diverse backgrounds communicating, which can be inefficient. Intra-professional handoffs decreased team size and role diversity, which may simplify communication but increase information loss. Participants in inter-professional handoffs reflected on outcomes significantly more in relation to system factors and team cognition (p < 0.001), while participants in intra-professional handoffs discussed handoffs as a task. CONCLUSION: Handoffs include team cognition, which was influenced by work system design. Opportunities for handoff improvement include a flexibly standardized process and supportive tools/technologies. We recommend incorporating perspectives of the patient and family in future work.
 

Revista
JMIR Human Factors
Data de publicação
Volume
66
Fascículo
1
doi
10.1177/00187208221086342