Disparidades raciais, étnicas e por tipos de pagadores na ocorrência de eventos de segurança pediátrica em hospitais dos EUA

Kavita Parikh
Matt Hall
Joel S Tieder
Gabrina Dixon
Maranda C Ward
Pamela S Hinds
Monika K Goyal
Shawn J Rangel
Glenn Flores
Sunitha V Kaiser
Título original
Disparities in Racial, Ethnic, and Payer Groups for Pediatric Safety Events in US Hospitals
Resumo

CONTEXTO E OBJETIVOS: Existem grandes disparidades no cuidado de saúde, mas sabe-se pouco sobre as disparidades na segurança pediátrica. Analisamos uma amostra nacional de hospitalizações para identificar disparidades na ocorrência de eventos de segurança. MÉTODOS: Neste estudo de coorte retrospectivo de base populacional, baseado na Kids' Inpatient Database de 2019, as variáveis independentes foram raça, etnia e pagador. Os desfechos foram os indicadores de segurança pediátrica (PDIs, na sigla em inglês) da Agency for Healthcare Research and Quality. Calculamos as razões de chances (odds ratios) ajustadas usando grupos de referência de pacientes brancos e de pagadores privados. Avaliamos as diferenças segundo o tipo de pagador, estratificando raça e etnia. Resultados: A raça e etnia dos 5.243.750 pacientes com alta hospitalar foram: branca, 46%; hispânica, 19%; negra, 15%; não informada, 8%; outra raça/multirracial, 7%; asiática-americana/de ilhas do Pacífico, 5%; e nativa americana, 1%. As taxas de PDIs (por 10.000 altas) foram: 331,4 para infecção neonatal da corrente sanguínea, 267,5 para insuficiência respiratória pós-operatória, 114,9 para sepse pós-operatória, 29,5 para hemorragia/hematoma pós-operatório, 5,6 para infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter central, 3,5 para punção/laceração acidental e 0,7 para pneumotórax iatrogênico. Em comparação com pacientes brancos, os pacientes negros e hispânicos tiveram uma probabilidade significativamente maior de sofrer 5 dos 7 PDIs; as maiores disparidades foram observadas em sepse pós-operatória (razão de chances ajustada, 1,55 [1,38-1,73]) para pacientes negros e insuficiência respiratória pós-operatória (1,34 [1,21-1,49]) para pacientes hispânicos. Em comparação com pacientes com seguro privado, os pacientes cobertos pelo Medicaid tiveram uma probabilidade significativamente maior de sofrer 4 dos 7 PDIs; a maior disparidade foi observada na sepse pós-operatória (razão de chances ajustada, 1,45 [1,33-1,59]). As análises estratificadas demonstraram disparidades persistentes por raça e etnia, mesmo entre crianças com seguro privado. CONCLUSÕES: Identificamos disparidades na ocorrência de eventos de segurança entre crianças negras e hispânicas, que indicam a necessidade de intervenções direcionadas para melhorar a segurança do paciente em hospitais.
 

Resumo original

BACKGROUND AND OBJECTIVES: Health care disparities are pervasive, but little is known about disparities in pediatric safety. We analyzed a national sample of hospitalizations to identify disparities in safety events. METHODS: In this population-based, retrospective cohort study of the 2019 Kids' Inpatient Database, independent variables were race, ethnicity, and payer. Outcomes were Agency for Healthcare Research and Quality pediatric safety indicators (PDIs). Risk-adjusted odds ratios were calculated using white and private payer reference groups. Differences by payer were evaluated by stratifying race and ethnicity. RESULTS: Race and ethnicity of the 5 243 750 discharged patients were white, 46%; Hispanic, 19%; Black, 15%; missing, 8%; other race/multiracial, 7%, Asian American/Pacific Islander, 5%; and Native American, 1%. PDI rates (per 10 000 discharges) were 331.4 for neonatal blood stream infection, 267.5 for postoperative respiratory failure, 114.9 for postoperative sepsis, 29.5 for postoperative hemorrhage/hematoma, 5.6 for central-line blood stream infection, 3.5 for accidental puncture/laceration, and 0.7 for iatrogenic pneumothorax. Compared with white patients, Black and Hispanic patients had significantly greater odds in 5 of 7 PDIs; the largest disparities occurred in postoperative sepsis (adjusted odds ratio, 1.55 [1.38-1.73]) for Black patients and postoperative respiratory failure (adjusted odds ratio, 1.34 [1.21-1.49]) for Hispanic patients. Compared with privately insured patients, Medicaid-covered patients had significantly greater odds in 4 of 7 PDIs; the largest disparity occurred in postoperative sepsis (adjusted odds ratios, 1.45 [1.33-1.59]). Stratified analyses demonstrated persistent disparities by race and ethnicity, even among privately insured children. CONCLUSIONS: Disparities in safety events were identified for Black and Hispanic children, indicating a need for targeted interventions to improve patient safety in the hospital.
 

Revista
Pediatrics
Data de publicação
Volume
53
Fascículo
3
doi
10.1542/peds.2023-063714