Avaliação do risco de quedas em pacientes adultos hospitalizados

Autor pessoal
PASA, T. S.
Resumo original

A queda de pacientes hospitalizados é uma realidade mundial e um dos eventos adversos mais frequentes neste ambiente. Este estudo tem por objetivo avaliar o risco de quedas de pacientes adultos internados em unidades clínica e cirúrgica de um hospital universitário. Trata-se de um estudo de coorte, com acompanhamento de pacientes internados nas Unidades de Clínica Cirúrgica e Clínica Médica I e II do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), no período de março a julho de 2013 (122 dias). Para a coleta dos dados foram utilizados um formulário semiestruturado, com questões demográficas e clínicas dos pacientes, e a versão brasileira da Morse Fall Scale (MSF). Os dados foram organizados no programa Excel®, com dupla digitação independente. Após a correção de erros e inconsistências a análise foi realizada no PASW Statistics® (Predictive Analytics Software, Chicago - USA) versão 18.0 for Windows, utilizando-se da estatística descritiva e inferencial. Participaram do estudo 831 pacientes. Destes, 60,2% eram do sexo masculino, a média de idade foi de 58,1 (±16,1) anos, permaneceram em média 7,7 dias (±9,2) internados e tiveram em média 5,4 dias (±5,2) de avaliação. Durante o período, 19 pacientes tiveram queda ao solo/chão, representando uma média de 4,7 quedas/mês, um percentual de 2,28% (IC95%: 1,66 – 2,91) de quedas no período e uma taxa de incidência de 1,68% (IC95%; 1,51 – 1,72%).O escore da MFS teve uma média de 39,37 pontos (±19,4). Tanto na primeira avaliação quanto na média das avaliações e na última avaliação, maior percentual de pacientes foi classificado na categoria de risco elevado para quedas (36,6%, 37,7% e 41,2%, respectivamente), com correlação positiva forte entre a primeira e a última avaliação (r=0,810; p=0,000). As quedas ocorreram entre o 1º e o 10º dia de avaliação (85,7%), no turno da manhã (52,4%), na enfermaria (à beira do leito), no banheiro e durante o deslocamento, resultando em dano psicológico (58,8%) e físico (29,4%). Dentre os fatores contribuintes destacaram-se a superestima da capacidade por parte do paciente, vertigem, agitação, penumbra, cama alta e grades inadequadas e/ou de difícil manuseio. Conclui-se que a MFS é um importante instrumento para avaliação do risco de quedas e recomenda-se a implantação da mesma como um indicador de qualidade da assistência à saúde na instituição pesquisada. Espera-se que este estudo sirva de subsídio para os profissionais de saúde, em especial a equipe de enfermagem, para a implementação de estratégias que previnam a ocorrência de quedas de pacientes durante a internação.

Descritores: Enfermagem. Acidentes por quedas. Segurança do Paciente. Hospitalização.

Título acadêmico
Mestre em Enfermagem
Orientador
MAGNAGO, T. S. B. de S.
URBANETTO, J. de S.
Instituição a qual se apresenta
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS)
Data de publicação
Páginas
155
País de publicação
Brasil
Cidade de publicação
Santa Maria
Nota geral

issertação apresentada ao Curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem | Área de Concentração: Cuidado, Educação e Trabalho em Enfermagem e Saúde | Linha de Pesquisa Trabalho e Gestão em Enfermagem e Saúde

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Dissertacao_Thiana Sebben Pasa.pdf

Idioma:
Português