Taxa de novas infecções resistentes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), definidas como infecções por Staphylococcus Aureus Resistente à Meticilina - MRSA; ou Enterococos Resistentes à Vancomicina - VRE

Fonte
BERENHOLTZ et al., 2002; PRONOVOST et al., 2003.
Definição

Número de pacientes que desenvolveram infecções resistentes em UTI (definidas como infecções por Staphylococcus aureus resistente à meticilina - MRSA; ou enterococos resistentes à vancomicina - VRE), dividido pelo número total de pacientes-dia de UTI.

Nível de Informação
Numerador

Número de pacientes que desenvolveram infecções resistentes em UTI (definidas como infecções por Staphylococcus aureus resistente à meticilina - MRSA; ou enterococos resistentes à vancomicina - VRE).

Denominador

Número total de pacientes-dia de UTI.

Racionalidade

Este indicador faz parte de um projeto americano de desenvolvimento de indicadores de qualidade para UTIs de adultos. O método de desenvolvimento incluiu revisão de literatura; opinião de especialistas; grupo nominal; e piloto em treze UTIs para avaliar a validade (construto e conteúdo) e a confiabilidade dos indicadores. Os indicadores desenvolvidos foram classificados nas dimensões da qualidade propostas pelo Instituto de Medicina americano (IOM), segurança, efetividade, cuidados centrados no paciente, oportunidade, eficiência e equidade.

Os resultados do teste piloto mostraram que o desempenho variou muito entre as 13 UTIs participantes e dentro de cada UTI. O percentual médio de dias em que os pacientes em ventilação receberam as terapias que deveriam receber foram de: 64% para sedação adequada; 67% para a elevação da cabeceira da cama; 89% para a profilaxia da úlcera péptica; e 87% para a profilaxia para trombose venosa profunda. A taxa média de transfusão de sangue adequada foi de 33%. A incapacidade de usar essas terapias pode levar a um excesso de morbidade, de mortalidade e do tempo de permanência na UTI.

O estudo piloto sugere que é possível implementar um amplo conjunto de medidas de qualidade em UTIs. Ao melhorar o desempenho nestas medidas, pode-se perceber reduções na mortalidade, morbidade e tempo de internação.

Fonte de Dados
Bibliografia

1. Pronovost PJ, Berenholtz SM, Ngo K, McDowell M, Holzmueller C, Haraden C, et al. Developing and pilot testing quality indicators in the intensive care unit. J Crit Care 2003 Sep;18(3):145-55.

2. Berenholtz SM, Dorman T, Ngo K, Pronovost PJ. Qualitative review of intensive care unit quality indicators. J Crit Care 2002 Mar;17(1):1-12.

3. MORAES, Graciana Maria de et al. Infecção ou colonização por micro-organismos resistentes: identificação de preditores. Acta Paul Enferm. 2013; 26(2):185-91.

4. OLIVEIRA, Adriana Cristina; BETTCHER, Ledna. Aspectos epidemiológicos da ocorrência do Enterococcus resistente a Vancomicina. Rev Esc Enferm USP, 2010; 44(3):725-31.

Ano da Publicação
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323