Avaliando e evitando a ocorrência de danos ao paciente: um guia metodológico para hospitais com escassez de dados

Autor institucional
Organização Mundial da Saúde
Título original
Assessing and tackling patient harm: a methodological guide for data-poor hospitals
Resumo

A cada ano, milhares de pacientes sofrem lesões incapacitantes ou morrem devido a cuidados de saúde inseguros. Por trás desses números, há histórias de vidas devastadas, além de bilhões de dólares gastos com internações prolongadas, perda de renda, tratamentos associados à incapacidade e litígios, resultantes de cuidados inseguros. Embora danos aos pacientes ocorram em todos os países, as evidências sugerem que países em desenvolvimento são desproporcionalmente afetados. O risco de infecção associada ao cuidado de saúde, por exemplo, é 20 vezes maior em alguns países em desenvolvimento comparativamente aos países desenvolvidos. Apesar disso, sabemos pouco sobre a magnitude dos danos nos países em desenvolvimento e nos países em transição. Até o momento, os métodos clássicos de medição de danos ao paciente só foram testados e utilizados nos países desenvolvidos, onde há geralmente bons prontuários disponíveis. Os métodos adequados para as instituições com escassez de dados ainda não foram identificados, embora sejam essenciais para avaliar a magnitude dos cuidados inseguros em tais ambientes e guiar melhorias locais (internas) na segurança do paciente. A OMS Segurança do Paciente analisou, portanto, diversos métodos em países em desenvolvimento, selecionados das quatro regiões do mundo, e os compilou neste manual. Este documento fornece orientação sobre como escolher os métodos mais apropriados, dependendo dos objetivos e dos recursos disponíveis, oferece protocolos que descrevem como os conduzir e fornece as ferramentas necessárias para implementá-los. O manual é especialmente adaptado para avaliar e evitar a ocorrência de dano ao paciente em hospitais com escassez de dados, mas também pode ser utilizado em países desenvolvidos ou em ambientes não hospitalares. Eu espero, sinceramente, que este documento ajude os prestadores de cuidados de saúde ao redor do mundo a avaliar as questões locais de segurança do paciente e que seja possível, por sua vez, usar os resultados para orientar melhorias na segurança do paciente. Assinado: Prof. David Bates, External Programme Lead for Research, WHO Patient Safety

Resumo original

Tens of millions of patients suffer disabling injuries or death every year due to unsafe medical care. Behind these numbers lie the stories of devastated lives, not to mention the billions of dollars that are spent on prolonged hospitalizations, loss of income, disability care and litigation, resulting from unsafe care. While patient harm affects countries at all levels of development, evidence suggests that developing countries are disproportionately impacted. The risk of health care-associated infection, for example, is 20 times higher in some developing countries than in developed nations.4 In spite of this, we know little about the magnitude of harm in developing and transitional countries. To date, the classical methods for measuring harm have only been tested and used in developed countries, where good medical records are generally available. Appropriate methods for data-poor settings have not been identified even though these are essential to assessing the magnitude of unsafe care in such settings and driving local patient safety improvements. WHO Patient Safety has therefore piloted several such methods in selected developing countries across four world regions and compiled them into this guide. This document provides guidance on choosing the most appropriate methods, depending on the objectives and available resources, offers protocols describing how to conduct the methods and supplies the tools needed to implement these. The guide is particularly adapted for assessing and tackling patient harm in data-poor hospitals, but can also be used in developed countries or in non-hospital settings. I sincerely hope that this document will assist health-care providers around the world with assessing their local patient safety issues, and that it will in turn be possible to use the results to guide improvements in patient safety. Prof. David Bates, External Programme Lead for Research, WHO Patient Safety

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