Densidade de incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica em pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva

Fonte:
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD); Safety Improvement for Patients in Europe (SIMPATIE); Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Definição:

Número de episódios de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) em pacientes internados em unidades de terapias intensivas (UTI) pelo número de pacientes em ventilação mecânica (VM)-dia, multiplicado por 1000.

Nível de Informação:

Resultado

Dimensão da Qualidade:

Segurança

Numerador:

Número de Pneumonias associadas a Ventilador Mecânico (VM)

Denominador:

Número de dias de VM (VM/dia)

Definição de Termos:

Pneumonia associada à Ventilação Mecânica PAV:

Infecção diagnosticada após 48H de ventilação mecânica até a sua suspensão.

Ventilador mecânico é definido como o dispositivo utilizado para auxiliar ou controlar a respiração de forma contínua, inclusive no período de desmame, por meio de traqueostomia ou intubação endotraqueal.

Dispositivos utilizados para expansão pulmonar não são considerados ventiladores (ex. CPAP), exceto se utilizados na traqueostomia ou pela cânula endotraqueal.

Pneumonia decorrente de aspiração maciça durante a intubação na sala de emergência deve ser considerada como pneumonia relacionada à assistência a saúde.

Racionalidade:

A pneumonia associada a ventilação (PAV) é uma das principais causas de morbidade e mortalidade na UTI. A incidência de PAV varia amplamente, afetando entre 6 e 52% dos pacientes entubados, segundo os fatores de risco do paciente. De modo geral, a PAV está associada a uma mortalidade atribuível de até 30%.

Collard and Saint (2001) revisaram quatro práticas baseadas em evidências que têm o potencial de reduzir a incidência de PAV em pacientes em ventilação, verificadas inclusive em estudos clínicos randomizados.

Tendo em vista as consequências graves da PAV e os esforços realizados pelas UTIs para evitá-las, as taxas de PAV parecem ser um indicador plausível de segurança do paciente. Entretanto, a literatura só identifica um pequeno número de processos de cuidado explícitos que demonstraram, em estudos clínicos randomizados, ser capazes de prevenir esta complicação.

Fonte de Dados:

Busca ativa de casos segundo critérios pré-estabelecidos (ANVISA 2009)

Bibliografia:

1. COLLARD, H.R. and SAINT, S. Prevention of Ventilator-Associated Pneumonia. In: AHRQ Evidence Report-Technical Assessment No 43 Making Health Safer.

2. Kristensen S, Mainz J, Bartels P. Catalogue of Patient Safety Indicators. Safety Improvement for Patients in Europe. SImPatIE - Work Package 4 [Internet]. March 2007. [capturado 16 set. 2007]. Disponível em: http://www.hope.be/03activities/docsactivities/SIMPATIE_Patient_safety_indicators_Professionals.pdf.

3. Millar J, Mattke S, the Members of the OECD Safety Panel. Selecting Indicators for Patient Safety at the Health Systems Level in OECD Countries. OECD Health Technical Papers No. 18 [Internet]. 28-Oct-2004. [capturado 09 abr. 2009]. Disponível em: https://www.oecd.org/els/health-systems/33878001.pdf.

4.Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Indicadores Nacionais de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde Unidade de Investigação e Prevenção das Infecções e dos Eventos Adversos – UIPEA. Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde - GGTES. Setembro de 2010.

5. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). TRATO RESPIRATÓRIO: Critérios Nacionais de Infecções relacionadas à Assistência à Saúde. Unidade de Investigação e Prevenção das Infecções e dos Eventos Adversos Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde - GGTES. Setembro de 2009.

Ano da Publicação:
2014