Porcentagem de antibióticos de uso restrito prescritos em concordância com critérios aprovados por uma "Comissão de Farmácia e Terapêutica"

Fonte:
New South Wales Therapeutic Advisory Group Inc (NSW TAG) e Clinical Excellence Commission (CEC) - Austrália.
Definição:

Número de antibióticos de uso restrito prescritos em concordância com critérios aprovados por uma "Comissão de Farmácia e Terapêutica", como porcentagem do número de antibióticos de uso restrito prescritos na amostra.

Nível de Informação:

Processo

Dimensão da Qualidade:

Escolha apropriada

Uso seguro e efetivo

Numerador:

Número de antibióticos de uso restrito prescritos em concordância com critérios aprovados por uma "Comissão de Farmácia e Terapêutica

Denominador:

Número de antibióticos de uso restrito prescritos na amostra.

Definição de Termos:

Antibióticos de uso restrito:

Se referem a antibióticos que podem contribuir para o surgimento de organismos multirresistentes, incluindo todas as formulações parenterais e/ou orais dos seguintes antibióticos:

• Carbapenens: imipenem, meropenem

• Cefalosporinas: cefotaxima, ceftriaxona, cefepima, ceftazidima

• Glicopeptídeos: vancomicina, teicoplanina

• Linezolida

• Quinolonas: ciprofloxacina, moxifloxacina, norfloxacina

• Rifampicina

Comissão de Farmácia e Terapêutica:

É um termo que se refere a políticas para a prescrição restrita de antibióticos de amplo espectro, desenvolvidas em nível local ou regional consultando-se especialistas em doenças infectocontagiosas, farmacêuticos e microbiologistas clínicos.

Racionalidade:

O uso disseminado e indiscriminado de antibióticos de amplo espectro contribuiu para o surgimento de microrganismos multirresistentes (MMRs) (Australian Medicines Handbook, 2007). A restrição do uso de certos antibióticos em grupos definidos de pacientes e o uso de antibióticos de espectro estreito sempre que possível pode retardar ou reter o surgimento da resistência antibiótica e prolongar a efetividade dos antibióticos existentes (Australian Medicines Handbook, 2007; NSW Health, 2006). Como recomendado no Australian Medicines Handbook, “fármacos que constituem a última defesa contra cepas multirresistentes só devem ser utilizadas sob a orientação de especialistas” (Australian Medicines Handbook, 2007). As "Comissões de Farmácia e Terapêutica" têm a função de supervisionar o gerenciamento de antibióticos restritos. É preciso realizar auditorias sobre o uso de antibióticos para monitorar a prescrição adequada destes fármacos. Apesar de seu intenso consumo de recursos, as auditorias e a retroalimentação regulares contribuem para melhorar a adesão a políticas de antibióticos restritos (NSW Health, 2006).

Interpretação:

Este indicador avalia a efetividade dos processos utilizados para prevenir o surgimento de organismos multirresistentes.

Coleta de dados para monitoramento local: amostra - todos os pacientes que recebam antibióticos de amplo espectro durante o período de uma semana. As opções de identificação dos pacientes incluem a revisão de folhas de prescrição ou registros eletrônicos de prescrição ou fornecimento. Devem ser incluídos pacientes adultos, pediátricos e neonatais, inclusive aqueles internados em unidades de terapia intensiva (terapia intensiva, transplantes, cirurgia).

Tamanho recomendado da amostra: todos os pacientes que recebam antibióticos restritos durante o período de uma semana.

Este indicador pode ser adequado para a comparação entre hospitais. Neste caso, as definições, os métodos de amostragem e as diretrizes para auditoria e notificação devem ser acordados previamente em consulta com a agência coordenadora.

Por vezes, os antibióticos podem não ser prescritos de acordo com os critérios da "Comissão de Farmácia e Terapêutica", mas ainda assim ser aprovados por departamentos de microbiologia/doenças infecciosas. Nos casos em que isso é documentado explicitamente, a prescrição pode ser considerada concordante. Na ausência de documentação relacionada a uma aprovação específica, supõe-se que a prescrição do antibiótico não foi concordante.

Fonte de Dados:

Prontuários dos pacientes (prescrições de medicamentos)

Bibliografia:

1. Australian Medicines Handbook: Australian Medicines Handbook Pty Ltd, 2007.

2. Expert writing group. Therapeutic Guidelines: Antibiotic, 2006.

3. NSW Therapeutic Advisory Group. Indicators for the Quality Use of Medicines in Australian Hospitals. NSW TAG, 2007.  

4. Key recommendations of the NSW Expert Group on Multiple Resistant Organisms: NSW Health, 2006.

5. Medication Safety Self Assessment for Australian Hospitals: Institute for Safe Medication Practices (Adapted for Australian use by the NSW Therapeutic Advisory Group and the Clinical Excellence Commission), 2007.

Ano da Publicação:
2014