Medicina Transfusional: de AB0 à IA (Inteligência Artificial)
A transfusão de sangue de humano para humano tornou-se uma realidade clínica por volta da virada do século XIX com a descoberta dos antígenos dos grupos sanguíneos A e B, o que permitiu a compatibilidade entre o sangue do doador saudável e o receptor. Durante o século passado, a necessidade de documentação e arquivamento precisos de dados dos grupos sanguíneos e de compatibilidade tornou-se uma questão crescente. A Segunda Guerra Mundial deu um impulso específico no desenvolvimento com a introdução do primeiro processamento mecânico primitivo de dados, permitindo rastreabilidade e recuperação de dados mais seguras. O desenvolvimento simultâneo de melhores tecnologias de coleta e preservação permitiu o armazenamento e o transporte de sangue. A introdução do aprendizado de máquina na automação dos equipamentos contribuiu para a uniformização e padronização, seguida pelo desenvolvimento de algoritmos de aprendizado profundo para prever as necessidades e compatibilidade de transfusão, contribuindo para a melhoria da segurança do cuidado ao paciente.