Interações medicamentosas potenciais entre idosos em uso dos anti-hipertensivos da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais do Ministério da Saúde do Brasil

MIBIELLI, P. ; ROZENFELD, S. ; MATOS, G. C. ; ACURCIO, F.de A.
Resumo:

O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência de interações medicamentosas potenciais entre anti-hipertensivos e outros fármacos. Foi realizado um inquérito domiciliar com pessoas de 60 anos ou mais de idade, residentes no Rio de Janeiro, Brasil. Foram identificadas as interações medicamentosas potenciais entre os anti- hipertensivos com evidência estabelecida, provável ou suspeita e com gravidade moderada ou elevada. Foram entrevistados 577 idosos (média de idade = 72 anos), 45,2% dos quais em uso de anti-hipertensivos, sendo 31,0% deles sujeitos a interações medicamentosas potenciais. A maioria das interações foi moderadamente grave. Comparados aos demais, os sujeitos às interações medicamentosas potenciais têm chance acima de 4 vezes de usar 5 ou mais medicamentos e acima de duas vezes de ter sido hospitalizado no ano anterior. Entre os pares de interações mais frequentes, 75% produzem redução do efeito hipotensivo (65/87), o que pode resultar em baixa efetividade no controle da pressão arterial, prescrição de mais medicamentos e risco de outros efeitos adversos e de interações.

Fonte:
Cadernos de Saúde Pública ; 30(9): 1947-1956; 2014. DOI: 10.1590/0102-311X00126213 .
DECS:
interações de medicamentos, anti-hipertensivos, medicamentos essenciais, polimedicação, fatores socioeconomicos