O estudo PHONE (Patient Hand-Off iNiciation and Evaluation): um ensaio randomizado de métodos de passagem de casos

CLANTON, J. ; GARDNER, A. ; SUBICHIN, M. ; MCALVANAH, P. ; HARDY, W ; SHAH, A. ; PORTER, J.
Título original:
Patient Hand-Off iNitiation and Evaluation (PHONE) study: A randomized trial of patient handoff methods
Resumo:

Contexto: Com as maiores restrições sobre as horas de trabalho de residentes, as transições de cuidado se tornaram mais frequentes. Muitas instituições dedicam bastante tempo e recursos às passagens de casos, embora o método ideal ainda seja relativamente desconhecido. Procuramos comparar uma abordagem rigorosa e formal para a passagem de casos a um processo de passagem de caso minimizado e focado, avaliando seus efeitos sobre os resultados do cuidado.

Métodos: Realizamos um estudo randomizado prospectivo em um grande hospital universitário ao longo de dez meses. Os pacientes foram divididos entre serviços que empregavam passagens de caso formais ou focadas. Os residentes receberam treinamento em técnicas de passagem de casos e foram então observados por pesquisadores capacitados. Coletamos dados sobre os resultados do cuidado — mortalidade, eventos negativos, eventos adversos e tempo de internação — e os comparamos entre os dois grupos usando testes t e análise de regressão multivariada.

Resultados: Ao todo, 5.157 internações únicas foram estratificadas nos dois grupos de estudo. As passagens de caso focadas foram significativamente mais curtas e incluíram menos pacientes (média, 6,3 pacientes discutidos ao longo de 6,7 min, versus 35,2 pacientes ao longo de 20,6 min, p<0,001 para ambas). Ocorreram eventos adversos em 16,7% das internações. Embora o tempo total de internação, somente na análise univariada, tenha sido ligeiramente mais curto no grupo em que foi utilizada a passagem de casos formal (5,50 vs. 5,88 dias, p=0,024), não houve diferenças significativas nos resultados do cuidado entre os dois métodos de passagem de casos (todos p>0,05).

Conclusões: Este grande estudo randomizado, que comparou duas técnicas distintas de passagem de casos, não demonstrou diferenças clinicamente significativas nos resultados do cuidado. A abordagem minimalista para a passagem de casos pode poupar tempo e recursos sem afetar negativamente os resultados do cuidado.

Resumo Original:

Background: As residency work hour restrictions have tightened, transitions of care have become more frequent. Many institutions dedicate significant time and resources to patient handoffs despite the fact that the ideal method is relatively unknown. We sought to compare the effect of a rigorous formal handoff approach to a minimized but focused handoff process on patient outcomes.Methods:A randomized prospective trial was conducted at a large teaching hospital over ten months. Patients were assigned to services employing either formal or focused handoffs. Residents were trained on handoff techniques and then observed by trained researchers. Outcome data including mortality, negative events, adverse events, and length of stay were collected and compared between formal and focused handoff groups using t-tests and a multivariate regression analysis.

Results: A total of 5157 unique patient-admissions were stratified into the two study groups. Focused handoffs were significantly shorter and included fewer patients (mean 6.3 patients discussed over 6.7 min vs. 35.2 patients over 20.6 min, both p < 0.001). Adverse events occurred during 16.7% of patient admissions. While overall length of stay was slightly shorter in the formal handoff group (5.50 days vs 5.88 days, p = 0.024) in univariate analysis only, there were no significant differences in patient outcomes between the two handoff methods (all p > 0.05).

Conclusions: This large randomized trial comparing two contrasting handoff techniques demonstrated no clinically significant differences in patient outcomes. A minimalistic handoff process may save time and resources without negatively affecting patient outcomes.

Keywords: Patient handoff; Sign-out; Patient safety; Physician communication; Medical errors; Patient outcomes

Fonte:
American Journal of Surgery ; 2016. DOI: 10.1016/j.amjsurg.2016.10.015.
Nota Geral:

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