Implementação de comunicação padronizada entre unidades em um setor internacional: passagem de casos de um serviço de emergência para um serviço de medicina interna

BALHARA, K.S. ; PETERSON, S.M. ; ELABD, M.M. ; REGAN, L. ; ANTON, X. ; AL-NATOUR, B.A. ; HSIEH, Y.H.
Título original:
Implementing standardized, inter-unit communication in an international setting: handoff of patients from emergency medicine to internal medicine
Resumo:

A passagem de casos padronizada pode reduzir os erros de comunicação, mas faltam estudos sobre essa prática em contextos comunitários e internacionais. Nosso estudo em um hospital comunitário nos Emirados Árabes Unidos caracteriza as práticas existentes de passagem de casos de pacientes internados em um serviço de emergência (SE) para um serviço de medicina interna (MI), desenvolve uma ferramenta padronizada de passagem de casos e avalia o seu impacto sobre a comunicação e as percepções dos médicos. Os médicos do SE preencheram um questionário sobre práticas e expectativas ligadas à passagem de casos. Observadores treinados utilizaram uma lista de verificação baseada no modelo Systems Engineering Initiative for Patient Safety (Iniciativa de Engenharia de Sistemas para a Segurança do Paciente) para observar 40 passagens de casos. Os médicos do SE e de MI desenvolveram conjuntamente um instrumento escrito para encorajar a passagem de casos à beira do leito de pacientes internados. Após a intervenção, os questionários com médicos de MI e as 40 observações foram repetidos. Ao todo, 77,5% das passagens de casos observadas inicialmente ocorreram face a face, sendo 42,5% à beira do leito, e em quatro línguas diferentes. A maior parte dos participantes considerou que a passagem de casos face a face é o método ideal. Os participantes observaram que 9 a 13 pacientes sofreram danos em razão da passagem de casos no mês anterior. Após a implementação do instrumento de passagem de casos, 97,5% das passagens observadas ocorreram face a face (versus 77,5%, p=0,014), sendo 82,5% à beira do leito (versus 42,5%, p<0,001), e todas foram em inglês. A passagem de casos foi simplificada de 7 caminhos possíveis para 3. Após a intervenção, a maioria dos participantes afirmou ter havido uma melhoria do fluxo de trabalho (77,8%) e da segurança (83,3%); nenhum relatou danos a pacientes. Os participantes e observadores notaram redução da ineficiência (p<0,05). O nosso instrumento padronizado aumentou a passagem de casos face a face e à beira do leito, afetou positivamente o fluxo de trabalho e aumentou as percepções de segurança por médicos do SE em um setor internacional não acadêmico. A nossa abordagem em três etapas pode ser aplicada no desenvolvimento de passagem de casos padronizada, específica para cada contexto em uma variedade de setores.

Resumo Original:

Standardized handoffs may reduce communication errors, but research on handoff in community and international settings is lacking. Our study at a community hospital in the United Arab Emirates characterizes existing handoff practices for admitted patients from emergency medicine (EM) to internal medicine (IM), develops a standardized handoff tool, and assesses its impact on communication and physician perceptions. EM physicians completed a survey regarding handoff practices and expectations. Trained observers utilized a checklist based on the Systems Engineering Initiative for Patient Safety model to observe 40 handoffs. EM and IM physicians collaboratively developed a written tool encouraging bedside handoff of admitted patients. After the intervention, surveys of EM physicians and 40 observations were subsequently repeated. 77.5% of initial observed handoffs occurred face-to-face, with 42.5% at bedside, and in four different languages. Most survey respondents considered face-to-face handoff ideal. Respondents noted 9–13 patients suffering harm due to handoff in the prior month. After handoff tool implementation, 97.5% of observed handoffs occurred face-to-face (versus 77.5%, p = 0.014), with 82.5% at bedside (versus 42.5%, p < 0.001), and all in English. Handoff was streamlined from 7 possible pathways to 3. Most post-intervention survey respondents reported improved workflow (77.8%) and safety (83.3%); none reported patient harm. Respondents and observers noted reduced inefficiency (p < 0.05). Our standardized tool increased face-to-face and bedside handoff, positively impacted workflow, and increased perceptions of safety by EM physicians in an international, non-academic setting. Our three-step approach can be applied towards developing standardized, context-specific inter-specialty handoff in a variety of settings. 

Fonte:
Internal and Emergency Medicine ; 1-11; 2017. DOI: 10.1007/s11739-017-1615-y.