Capacidade de hospitais do NHS inglês de monitorar a qualidade na prevenção e controle de infecções usando um novo referencial europeu: uma análise multinível qualitativa

IWAMI, M. ; AHMAD, R. ; CASTRO-SÁNCHEZ, E. ; BIRGAN, G. ; JOHNSON, A.P. ; HOLMES, A.
Título original:
Capacity of English NHS hospitals to monitor quality in infection prevention and control using a new European framework: A multilevel qualitative analysis
Resumo:

Objetivo: (1) Avaliar em que medida as atuais normas/políticas/diretrizes nacionais e as práticas hospitalares locais na Inglaterra estão alinhadas com os indicadores sugeridos por uma revisão europeia de estratégias eficazes para prevenção e controle de infecções (PCI); (2) examinar a capacidade dos hospitais locais de informar os indicadores e a forma como utilizam dados para embasar a gestão e a prática de PCI. 

Desenho: Realizamos uma análise de 27 indicadores ao nível nacional e local. Ao nível nacional, realizamos uma revisão documental de normas/políticas/diretrizes. Ao nível local, a coleta de dados envolveu: (a) revisão das fontes documentais de 14 hospitais para determinar sua capacidade de informar seu desempenho em relação a esses indicadores; (b) entrevistas qualitativas com 3 altos administradores de 5 hospitais e observação direta de enfermarias hospitalares para determinar se esses indicadores são utilizados para melhorar a gestão e a prática de PCI. 

Ambiente: 2 trusts do National Health Service (NHS) e 1 foundation trust do NHS (14 hospitais) dedicados ao cuidado de pacientes agudos. 

Participantes: 3 altos administradores de 5 hospitais responderam às entrevistas qualitativas. 

Desfechos primários e secundários: Como desfecho primário, desenvolvemos uma classificação do tipo “Vermelho-Amarelo-Verde” (VAV) que reflete a forma como os indicadores foram incluídos nos documentos nacionais ou sua disponibilidade ao nível organizacional local. Também avaliamos o uso atual dos indicadores para embasar a gestão e a prática de PCI. O desfecho secundário foi qualquer inconsistência entre os resultados nacionais e locais da classificação VAV. 

Resultados: As normas/políticas/diretrizes nacionais cobrem em grande medida os indicadores europeus sugeridos. A capacidade dos hospitais individuais de notificar alguns dos indicadores ao nível da enfermaria varia segundo os grupos de profissionais, o que pode ocultar certas melhorias necessárias. Observamos o uso reativo de indicadores relacionados aos contingentes de pessoal no lugar da abordagem estratégica prospectiva sugerida para a gestão de PCI. 

Conclusões: Para garantir a segurança do paciente e a prevenção de infecções em hospitais ingleses, é preciso desenvolver abordagens rotineiras e proativas. O nosso método de avaliação pode ser estendido a outros ambientes no país.

Resumo Original:

Objective: (1) To assess the extent to which current English national regulations/policies/guidelines and local hospital practices align with indicators suggested by a European review of effective strategies for infection prevention and control (IPC); (2) to examine the capacity of local hospitals to report on the indicators and current use of data to inform IPC management and practice.

Design: A national and local-level analysis of the 27 indicators was conducted. At the national level, documentary review of regulations/policies/guidelines was conducted. At the local level data collection comprised: (a) review of documentary sources from 14 hospitals, to determine the capacity to report performance against these indicators; (b) qualitative interviews with 3 senior managers from 5 hospitals and direct observation of hospital wards to find out if these indicators are used to improve IPC management and practice.

Setting: 2 acute English National Health Service (NHS) trusts and 1 NHS foundation trust (14 hospitals).

Participants: 3 senior managers from 5 hospitals for qualitative interviews.

Primary and secondary outcome measures: As primary outcome measures, a 'Red-Amber-Green' (RAG) rating was developed reflecting how well the indicators were included in national documents or their availability at the local organisational level. The current use of the indicators to inform IPC management and practice was also assessed. The main secondary outcome measure is any inconsistency between national and local RAG rating results.

Results: National regulations/policies/guidelines largely cover the suggested European indicators. The ability of individual hospitals to report some of the indicators at ward level varies across staff groups, which may mask required improvements. A reactive use of staffing-related indicators was observed rather than the suggested prospective strategic approach for IPC management.

Conclusions: For effective patient safety and infection prevention in English hospitals, routine and proactive approaches need to be developed. Our approach to evaluation can be extended to other country settings.

Fonte:
BMJ Open ; 7(1): e012520; 2017. DOI: 10.1136/bmjopen-2016-012520.
Nota Geral:

Acesso aberto