Os hospitais apoiam as segundas vítimas? Reflexões coletivas de líderes de segurança de pacientes em Maryland

EDREES, H. H. ; MORLOCK, L. ; WU, A. W.
Título original:
Do Hospitals Support Second Victims? Collective Insights From Patient Safety Leaders in Maryland
Resumo:

Contexto: As segundas vítimas – definidas como profissionais da saúde emocionalmente traumatizados após se envolverem num evento adverso a um paciente – podem não receber o apoio emocional necessário. Embora a maioria das organizações de saúde conte com um programa de apoio aos funcionários (PAF), as segundas vítimas podem relutar em acessar este serviço por preocupações relativas à confidencialidade. Realizamos um estudo para descrever em que medida o apoio organizacional às segundas vítimas é considerado desejável pelos responsáveis pela segurança do paciente em hospitais que atendem pacientes agudos em Maryland e para identificar os programas de apoio existentes.

Métodos: Realizamos entrevistas semiestruturadas (utilizando questões já existentes e recém-desenvolvidas) com 43 responsáveis pela segurança do paciente de 38 dos 46 hospitais que atendem pacientes agudos em Maryland (taxa de resposta de 83%).

Resultados: Todos os hospitais respondentes, exceto um, contavam com um PAF, mas havia lacunas nos serviços fornecidos relacionadas à disponibilidade de apoio no momento oportuno, à habilidade da equipe do PAF para se relacionar com os profissionais clínicos e à acessibilidade física. Não havia indicadores válidos para avaliar a efetividade dos serviços de PAF. Os participantes identificaram a necessidade de apoio entre pares, tanto para as segundas vítimas como, potencialmente, para as pessoas que fornecem esse apoio. Ao todo, 6 (16%) dos 38 hospitais tinham programas de apoio às segundas vítimas, que variavam em estrutura, acessibilidade e resultados, e 5 outros hospitais (13%) estavam desenvolvendo um programa deste tipo.

Conclusão: Os responsáveis pela segurança do paciente consideraram que as suas organizações deveriam reavaliar o apoio oferecido atualmente pelos PAFs e considerar mecanismos adicionais de apoio entre pares. São necessários mais estudos para avaliar a eficácia destes programas.
 

Resumo Original:

Background: Second victims—defined as health care providers who are emotionally traumatized after a patient adverse event—may not receive needed emotional support. Although most health care organizations have an employee assistance program (EAP), second victims may be reluctant to access this service because of worries about confidentiality. A study was conducted to describe the extent to which organizational support for second victims is perceived as desirable by patient safety officers in acute care hospitals in Maryland and to identify existing support programs.

Methods: Semistructured interviews (using existing and newly developed questions) were conducted with 43 patient safety representatives from 38 of the 46 acute care hospitals in Maryland (83% response rate).

Results: All but one of the responding hospitals offered EAP services to their employees, but there were gaps in the services provided related to timeliness, EAP staff's ability to relate to clinical providers, and physical accessibility. There were no valid measures in place to assess the effectiveness of EAP services. Participants identified a need for peer support, both for the second victim and potentially for individuals who provide that support. Six (16%) of the 38 hospitals had second victim support programs, which varied in structure, accessibility, and outcomes, while an additional 5 hospitals (13%) were developing such a program.

Conclusion: Patient safety officers thought their organizations should reevaluate the support currently provided by their EAPs, and consider additional peer support mechanisms. Future research is needed to evaluate the effectiveness of these programs.
 

Fonte:
The Joint Commission Journal on Quality and Patient Safety ; 2017. DOI: 10.1016/j.jcjq.2017.01.008.
Nota Geral:

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