Higienização das mãos: atitudes e práticas de enfermeiros, uma comparação entre 2007 e 2015

KINGSTON, L. M. ; SLEVIN, B. L. ; O'CONNELL, N. H. ; DUNNE, C. P.
Título original:
Hand hygiene: Attitudes and practices of nurses, a comparison between 2007 and 2015
Resumo:

Contexto: A higienização das mãos reduz significativamente infecções relacionadas à assistência à saúde. No entanto, evidências internacionais sugerem que as práticas são subótimas. O objetivo deste estudo foi comparar e contrastar as atitudes e práticas em relação à higienização das mãos e ao uso de solução à base de álcool por enfermeiros entre 2007 e 2015.

Métodos: Em 2007, uma amostra aleatória de enfermeiros de um grande hospital universitário foi convidada a participar de um inquérito por correio usando um questionário validado. Em 2015, o estudo foi replicado entre todos os enfermeiros empregados em um grupo de hospitais universitários, incluindo o cenário do estudo original. Os dados foram analisados de forma quantitativa e qualitativa usando um software apropriado.

Resultados: As atitudes em relação à higienização das mãos foram positivas, e mais de 90% dos participantes afirmaram aderir às práticas de higienização antes e depois do contato com o paciente. No entanto, em 2015, o número de enfermeiros que afirmou usar a solução à base de álcool em mais de 90% das vezes caiu 13% em comparação com 2007 (de 55 para 42%). Dentre os enfermeiros com menos de 2 anos de experiência, 90% afirmaram usar a solução à base de álcool em mais de 50% das vezes, em comparação com 73% dos enfermeiros com 2 a 5 anos de experiência. As barreiras à utilização da solução à base de álcool melhoraram, mas permanecem altas (sensibilidade da pele: 23% em 2007, 17% em 2015; danos à pele: 18% em 2007, 13% em 2015; má aceitação e tolerância pelos usuários: 25% em 2007 e 2015).

Conclusões: O uso de modelos positivos, a adoção de uma norma social e cultural positiva dentro da organização e a oferta de oportunidades de desenvolvimento profissional continuado podem ser estratégias úteis para promover boas práticas entre enfermeiros e prevenir a socialização negativa.

Palavras-Chave: Solução à base de álcool; Atitudes; Higienização das mãos; Fricção das mãos; enfermeiros; Práticas

Resumo Original:

Background: Hand hygiene reduces health care-associated infections significantly. However, international evidence suggests that practices are suboptimal. The objective of this study was to compare and contrast hand hygiene attitudes and practices and alcohol-based handrub (ABHR) use among nurses between 2007 and 2015.

Methods: In 2007, a random sample of nurses in a large teaching hospital was invited to complete a postal survey using a validated questionnaire. In 2015, the study was replicated among all nurses employed in a university hospital group, including the setting of the original study. Data were analyzed quantitatively and qualitatively using appropriate software.

Results: Attitudes to hand hygiene were positive and >90% of respondents' self-reported compliance before and after patient contact. However, 13% fewer in 2015 (42%) reported using ABHR >90% of the time compared with in 2007 (55%). Of nurses with <2 years' experience, 90% reported using ABHR >50% of the time compared with 73% of nurses with 2-5 years' experience. Barriers to ABHR improved, but remained high (skin sensitivity: 2007: 23%, 2015: 17%; skin damage: 2007: 18%, 2015: 13%; poor user acceptability and tolerance: 2007 and 2015: 25%).

Conclusions: Use of positive role models, the adoption of a positive social and cultural norm within the organization, and the provision of continuing professional development opportunities may prove useful strategies in harnessing good practice among graduate nurses and in preventing negative socialization from occurring.

Keywords: Alcohol-based handrub; Attitudes; Hand hygiene; Handrubbing; Nurses; Practices.

Fonte:
American Journal of Infection Control ; 45(2): 1300-1307; 2017. DOI: 10.1016/j.ajic.2017.08.040.