O caminho para a segurança do paciente: fatos e aspirações

AIBAR-REMÓN, C. ; BARRASA-VILLAR, I. ; MOLINER-LAHOZ, J. ; GUTIÉRREZ-CÍA, I. ; AIBAR-VILLÁN, L. ; OBÓN-AZUARA, B. ; MARECA-DONATE, R.
Título original:
The road to patient safety: facts and desire
Resumo:

Objetivo: Avaliar as diferenças entre a necessidade e o grau de implementação de práticas seguras recomendadas para a segurança do paciente e verificar a utilidade da iconografia dos sinais de trânsito para promover a sua implementação.

Método: Este estudo foi desenvolvido em duas etapas: 1) revisão de práticas seguras recomendadas por diferentes organizações e 2) um inquérito para avaliar as percepções sobre a necessidade e a implementação dessas práticas e a utilidade dos sinais para melhorar a sua implementação. A amostra foi formada por profissionais da Espanha e da América Latina que trabalham em ambientes de saúde e em disciplinas acadêmicas relacionadas à segurança do paciente.

Resultados: Foram coletados 365 questionários. Todas as práticas seguras incluídas foram consideradas necessárias (média e limite inferior do intervalo de confiança maior que 3 numa escala de 5 pontos). No entanto, das práticas de segurança avaliadas, em seis a implementação foi considerada insuficiente: caligrafia ilegível, conciliação medicamentosa, padronização dos sistemas de comunicação, sistemas de alerta precoce, procedimentos realizados ou equipamentos utilizados apenas por pessoal treinado e adesão às preferências do paciente ao final da vida. Quatro práticas nas quais mais de 75% dos participantes demonstraram um alto grau de consenso sobre a utilidade dos sinais de trânsito e recomendaram aumentar a sua utilização foram: melhorar a adesão à higienização das mãos, melhorar o uso de precauções de barreira para prevenir infecções, garantir a identificação correta dos pacientes e usar listas de verificação.

Conclusão: As diferenças nas percepções sobre a necessidade de certas práticas seguras e a sua implementação efetiva indicam áreas que podem ser melhoradas na segurança do paciente. Com este objetivo, a linguagem comum e a iconografia dos sinais de trânsito podem constituir um instrumento simples para melhorar a adesão a práticas seguras de segurança do paciente.

Resumo Original:

Objective: To evaluate differences between the need and degree of implementation of safe practices recommended for patient safety and to check the usefulness of traffic sign iconicity to promote their implementation.

Method: The study was developed in two stages: 1) review of safe practices recommended by different organizations and 2) a survey to assess the perceptions for the need and implementation of them and the usefulness of signs to improve their implementation. The sample consisted of professionals from Spain and Latin America working in healthcare settings and in the academic field related to patient safety.

Results: 365 questionnaires were collected. All safe practices included were considered necessary (mean and lower limit of confidence interval over 3 out of 5 points). However, in six of the patient safety practices evaluated the implementation was considered insufficient: illegible handwriting, medication reconciliation, standardization of communication systems, early warning systems, procedures performed or equipment used only by trained people, and compliance with patient preferences at the end of life. Improve compliance of with hand hygiene and barrier precautions to prevent infections, ensure the correct identification of patients and the use of checklists are the four practices in which more than 75% of respondents found a high degree of consensus on the usefulness of traffic sings to broaden their use.

Conclusion: The differences between perceived need and actual implementation in some safe practices indicate areas for improvement in patient safety. With this aim, the common language and the iconicity of traffic signs could constitute a simple instrument to improve compliance with safe practices for patient safety.

Fonte:
Gaceta Sanitaria ; 2018. DOI: 10.1016/j.gaceta.2017.11.003.
Nota Geral:

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