Perspectivas dos profissionais da saúde sobre a formação de parcerias com pais de crianças internadas para melhorar a segurança

Rosenberg RE ; Williams E ; Ramchandani N ; Rosenfeld P ; Silber B ; Schlucter J ; Geraghty G
Título original:
Provider Perspectives on Partnering With Parents of Hospitalized Children to Improve Safety
Resumo:

CONTEXTO E OBJETIVOS: Há uma ênfase crescente na importância do envolvimento do paciente e sua família para melhorar a segurança do paciente. O objetivo deste estudo foi compreender as perspectivas dos profissionais da saúde sobre a formação de parcerias de segurança entre profissionais e pais de crianças norte-americanas internadas, complementando um estudo paralelo sobre as perspectivas dos pais. MÉTODOS: A nossa equipe de pesquisa, que incluiu um psicólogo de família, conduziu entrevistas semiestruturadas e grupos focais com uma amostra intencional de 20 profissionais pediátricos hospitalares (enfermeiros, técnicos, médicos) em uma unidade pediátrica para pacientes agudos internados em um hospital terciário urbano dos EUA. Utilizamos uma técnica de comparação constante e a análise de conteúdo temática qualitativa. RESULTADOS: Os temas emergentes foram os fatores facilitadores, as barreiras e a negociação de papéis e/ou o equilíbrio das interações interpessoais na formação de parcerias de segurança entre pais e profissionais. Os fatores facilitadores foram: (1) respeito mútuo dos papéis, (2) defesa dos direitos e cumprimento das regras por parte dos pais e (3) qualidade do cuidado, adaptabilidade empática e comunicação transparente das expectativas por parte dos profissionais. As barreiras foram: (1) falta de respeito, (2) diferenças na percepção do risco dos pais em comparação com os profissionais e indisponibilidade dos pais e (3) erros cometidos pelos profissionais, comunicação inconsistente, falta de habilidade e de tempo para se envolver e medo de sobrecarregar os pais com um excesso de informações. Os profissionais descreveram temas relacionados à necessidade de equilibrar a defesa dos direitos dos pais com os conhecimentos especializados dos profissionais, a resposta pessoal de um profissional aos questionamentos às suas funções profissionais e a necessidade de que os pais equilibrem a construção do relacionamento e as suas crescentes preocupações de segurança. CONCLUSÕES: Para manter as crianças seguras no hospital, os profissionais equilibram continuamente aquilo que percebem como questionamentos às suas funções pessoais e profissionais nas suas interações pessoais, em paralelo às preocupações dos pais quanto à ambiguidade dos papéis e à confiança. Compreender estas barreiras e os fatores facilitadores compartilhados das parcerias de segurança entre pais e profissionais pode servir para embasar a estruturação do sistema, a educação dos pais e o treinamento profissional.

Resumo Original:

BACKGROUND AND OBJECTIVES: There is increasing emphasis on the importance of patient and family engagement for improving patient safety. Our purpose in this study was to understand health care team perspectives on parent-provider safety partnerships for hospitalized US children to complement a parallel study of parent perspectives. METHODS: Our research team, including a family advisor, conducted semistructured interviews and focus groups of a purposive sample of 20 inpatient pediatric providers (nurses, patient care technicians, physicians) in an acute-care pediatric unit at a US urban tertiary hospital. We used a constant comparison technique and qualitative thematic content analysis. RESULTS: Themes emerged from providers on facilitators, barriers, and role negotiation and/or balancing interpersonal interactions in parent-provider safety partnership. Facilitators included the following: (1) mutual respect of roles, (2) parent advocacy and rule-following, and (3) provider quality care, empathetic adaptability, and transparent communication of expectations. Barriers included the following: (1) lack of respect, (2) differences in parent versus provider risk perception and parent lack of availability, and (3) provider medical errors and inconsistent communication, lack of engagement skills and time, and fear of overwhelming information. Providers described themes related to balancing parent advocacy with clinician's expertise, a provider's personal response to challenges to the professional role, and parents balancing relationship building with escalating safety concerns. CONCLUSIONS: To keep children safe in the hospital, providers balance perceived challenges to their personal and professional roles continuously in interpersonal interactions, paralleling parent concerns about role ambiguity and trust. Understanding these shared barriers to and facilitators of parent-provider safety partnerships can inform system design, parent education, and professional training.

Fonte:
Hospital Pediatrics ; 8(6): 330-337; 2018. DOI: DOI: 10.1542/hpeds.2017-0159.