Preocupações e respostas para integrar a ciência dos sistemas de saúde na educação médica

Gonzalo JD ; Caverzagie KJ ; Hawkins RE ; Lawson L ; Wolpaw DR ; Chang A
Título original:
Concerns and Responses for Integrating Health Systems Science Into Medical Education
Resumo:

Com o objetivo de melhorar a saúde de pessoas e populações, as faculdades de medicina estão transformando os seus currículos para assegurar que os conhecimentos dos médicos incluam a ciência dos sistemas de saúde (CSS), que lida com temas como saúde populacional, políticas de saúde, cuidado de alto valor, trabalho em equipe interprofissional, liderança, melhoria da qualidade e segurança do paciente. No entanto, a integração significativa em grande escala ainda é limitada, e um grande desafio nos esforços de transformação curricular para integrar a CSS está relacionado à receptividade e ao engajamento de estudantes, educadores, profissionais clínicos, cientistas e líderes do sistema de saúde. Os autores identificam vários desafios amplamente conhecidos para a integração da CSS nos currículos das faculdades de medicina, respondem a cada preocupação e apresentam possíveis estratégias para lidar com elas, com base nas suas experiências com a concepção e integração de currículos de CSS. São identificadas duas grandes categorias de preocupações: (1) a relevância e a importância de se aprender a CSS – incluindo a percepção de que a urgência em relação às mudanças é inadequada, de que a educação em CSS é muito complexa e deve ocorrer em anos posteriores, de que os alunos mais novos não estariam aptos a contribuir e que os papéis já existem, e de que a ciência é muito incipiente. (2) A logística e a praticidade do ensino de CSS – incluindo um tempo curricular limitado, a escassez de professores com experiência, a falta de apoio por parte das agências de acreditação e de licenciamento e o despreparo dos sistemas de saúde em evolução para estabelecer parcerias com as faculdades que contam com currículos de CSS. Os autores recomendam iniciar e manter as discussões entre educadores, profissionais clínicos, professores de ciências básicas, líderes do sistema de saúde e agências reguladoras e de acreditação sobre os objetivos e prioridades da educação médica, bem como sobre a necessidade de colaborar em relação a novos métodos educativos para alcançar esses objetivos.

Resumo Original:

With the aim of improving the health of individuals and populations, medical schools are transforming curricula to ensure physician competence encompasses health systems science (HSS), which includes population health, health policy, high-value care, interprofessional teamwork, leadership, quality improvement, and patient safety. Large-scale, meaningful integration remains limited, however, and a major challenge in HSS curricular transformation efforts relates to the receptivity and engagement of students, educators, clinicians, scientists, and health system leaders. The authors identify several widely perceived challenges to integrating HSS into medical school curricula, respond to each concern, and provide potential strategies to address these concerns, based on their experiences designing and integrating HSS curricula. They identify two broad categories of concerns: the (1) relevance and importance of learning HSS-including the perception that there is inadequate urgency for change; HSS education is too complex and should occur in later years; early students would not be able to contribute, and the roles already exist; and the science is too nascent-and (2) logistics and practicality of teaching HSS-including limited curricular time, scarcity of faculty educators with expertise, lack of support from accreditation agencies and licensing boards, and unpreparedness of evolving health care systems to partner with schools with HSS curricula. The authors recommend the initiation and continuation of discussions between educators, clinicians, basic science faculty, health system leaders, and accrediting and regulatory bodies about the goals and priorities of medical education, as well as about the need to collaborate on new methods of education to reach these goals.

Fonte:
Academic medicine : journal of the Association of American Medical Colleges ; 93(6): 843-849; 2018. DOI: 10.1097/ACM.0000000000001960.