Prevenção de quedas em pacientes internados sob a perspectiva dos pacientes: um estudo qualitativo

Radecki B1 ; Reynolds S2 ; Kara A3
Título original:
Inpatient fall prevention from the patient's perspective: A qualitative study.
Resumo:

OBJETIVO:
O objetivo deste estudo foi descrever a perspectiva dos pacientes sobre a prevenção de quedas em um ambiente de cuidado agudo, para facilitar o desenho de estratégias centradas no paciente.
CONTEXTO:
As quedas são um dos eventos adversos mais comuns em hospitais e podem levar a danos evitáveis aos pacientes, a um maior tempo de internação e a maiores custos com a saúde. É necessário compreender o risco de quedas e a sua prevenção sob a perspectiva dos pacientes; no entanto, a pesquisa neste domínio é limitada.
MÉTODOS:
Para entender as perspectivas dos pacientes, realizamos entrevistas semiestruturadas com doze pacientes em um centro de saúde universitário.
RESULTADOS:
A análise qualitativa revelou três grandes temas: (1) como eu me vejo, (2) como vejo as intervenções e (3) como eu nos vejo. O tema “como eu me vejo” descreve as crenças dos pacientes sobre o seu próprio risco de queda e inclui os subtemas de consciência, aceitação/rejeição, implicações, emoções e plano pessoal. As intervenções, tais como os alarmes de queda, são ilustradas no tema “como vejo as intervenções” e incluem os subtemas “o que eu vejo e ouço” e “a utilidade do equipamento”. Por fim, o tema “como eu nos vejo” descreve as barreiras à participação no plano de prevenção de quedas.
CONCLUSÕES:
A maior parte dos programas de prevenção de quedas favorece o desenvolvimento e a implementação de planos liderados por profissionais clínicos. A avaliação das quedas de pacientes precisa deixar de ser centrada nos profissionais e passar a ser centrada no paciente. Os enfermeiros devem desenvolver relacionamentos com os pacientes para facilitar a compreensão das suas necessidades. O desenvolvimento de programas verdadeiramente centrados no paciente pode reduzir a dependência excessiva dos alarmes nos leitos e permitir a implementação de estratégias destinadas a mitigar os fatores de risco modificáveis que provocam quedas.
PALAVRAS-CHAVE:
prevenção de quedas; quedas; relação enfermeiro-paciente; centrado no paciente; percepção

Resumo Original:

Abstract
AIM:
The aim of this study was to describe the patient's perspective of fall prevention in an acute care setting to aid in the design of patient centered strategies.
BACKGROUND:
Falls are one of the most common adverse events in hospitals and can lead to preventable patient harm, increased length of stay, and increased healthcare costs. There is a need to understand fall risk and prevention from the patients' perspectives; however, research in this area is limited.
METHODS:
To understand the patient perspective, semi-structured interviews were conducted with twelve patients at an academic healthcare center.
RESULTS:
Qualitative analysis revealed three major themes: (1) how I see myself, (2) how I see the interventions; and (3) how I see us. The theme "How I see myself" describes patients' beliefs of their own fall risk and includes the sub-themes of awareness, acceptance/rejection, implications, emotions, and personal plan. Interventions, such as fall alarms, are illustrated in the theme "How I see the interventions" and includes the subthemes what I see and hear and usefulness of equipment. Finally, "How I see us" describes barriers to participating in the fall prevention plan.
CONCLUSIONS:
Most fall prevention programs favor clinician-led plan development and implementation. Patient fall assessments needs to shift from being clinician-centric to patient-centric. Nurses must develop relationships with patients to facilitate understanding of their needs. Developing these truly patient-centered programs may reduce the over-reliance on bed alarms and allow for implementation of strategies aimed to mitigate modifiable risk factors leading to falls.
KEYWORDS:
Fall prevention; Falls; Nurse-patient relationship; Patient centered; Perception

Fonte:
Applied Nursing Research ; 43: 114-119; 2018. DOI: 10.1016/j.apnr.2018.08.001.