Fatores que influenciam as perspectivas dos familiares de pacientes sobre a segurança na unidade de terapia intensiva: uma revisão sistemática

M A Coombs ; S Statton ; C V Endacott ; R Endacott
Título original:
Factors influencing family member perspectives on safety in the intensive care unit: a systematic review
Resumo:

OBJETIVO: A segurança do paciente tem se tornado um marcador importante da qualidade do cuidado de saúde. As questões de segurança são importantes na unidade de terapia intensiva (UTI), onde são tomadas decisões clínicas complexas. A tecnologia é utilizada de forma intensiva, e as famílias têm um papel único. O objetivo desta revisão foi identificar e descrever fatores que influenciam as percepções dos familiares de pacientes sobre a segurança em unidades de terapia intensiva para adultos. FONTES DE DADOS: Fizemos pesquisas nas bases de dados CINAHL, MEDLINE (EBSCO), PubMed e PsycINFO entre setembro e novembro de 2018, repetindo-as em julho de 2020. SELEÇÃO DE ESTUDOS: Estudos primários publicados, realizados em UTIs adultas e envolvendo familiares de pacientes para explorar suas percepções sobre a segurança. Não aplicamos nenhuma restrição em relação à data de realização dos estudos. EXTRAÇÃO DE DADOS: Utilizamos um formulário de extração de dados para coletar informações sobre as amostras, os desenhos de estudo, os métodos de coleta de dados e os resultados de cada trabalho. A qualidade metodológica foi avaliada usando as ferramentas QualSyst para estudos qualitativos e quantitativos. Realizamos então uma síntese narrativa. RESULTADOS DA SÍNTESE DE DADOS: Foram incluídos 20 artigos, dos quais 11 foram publicados desde 2010. Em sua maioria, os estudos foram qualitativos (n=16). Identificamos quatro fatores que influenciaram a sensação, pelos familiares, de que o paciente estava seguro na UTI: visitas familiares, informações e comunicação, cuidado e competência profissional. CONCLUSÃO: Ao detalhar práticas específicas que fazem com que as famílias se sintam seguras ou inseguras na UTI, os resultados desta revisão servem como base para fundamentar o trabalho futuro de profissionais clínicos, educadores e pesquisadores, servindo como uma oportunidade para reconsiderar o papel da família na segurança do paciente.
 

Resumo Original:

PURPOSE: Patient safety has developed as a strong marker for health care quality. Safety matters are important in the intensive care unit (ICU) where complex clinical decisions are made, intensive technology is used, and families hold a unique role. The aim of this review was to identify and describe factors that influence family member's perceptions of safety in the adult intensive care unit. DATA SOURCES: Searches were conducted during September - November 2018, and repeated July 2020 using CINAHL, MEDLINE (EBSCO), PubMed, and PsycINFO databases. STUDY SELECTION: Published primary studies undertaken in adult ICUs and involving adult family member participants exploring safety or feeling safe. No date restrictions were applied. DATA EXTRACTION: A data extraction form collected information about sample, study design, data collection methods and results from each paper. Methodological quality was assessed using the QualSyst tools for qualitative and quantitative studies. Narrative synthesis was undertaken. RESULTS OF DATA SYNTHESIS: Twenty papers were included with 11 papers published since 2010. The majority of papers reported on qualitative studies (n=16). Four factors were identified that influenced whether family members felt that the patient was safe in ICU: family visiting, information and communication, caring, and professional competence. CONCLUSION: In detailing specific practices that make families feel safe and unsafe in ICU, these review findings provide a structure for clinicians, educators and researchers to inform future work, and gives opportunity for the family role in patient safety to be reconsidered.
 

Fonte:
International Journal for Quality in Health Care : Journal of the International Society for Quality in Health Care / ISQua. ; 32(9): 625-638; 2021. DOI: 10.1093/intqhc/mzaa106..