Incidência de eventos adversos associados ao cuidado e apoio técnico em instituições de longa permanência francesas: o projeto EHPAGE
O aumento no número de idosos dependentes fez das instituições de longa permanência uma parte importante do sistema de saúde francês. No contexto da luta contra eventos adversos associados aos tratamentos, a questão da segurança e do bem-estar dos residentes tem se tornado uma prioridade. Para obter uma estimativa das taxas de incidência dos principais eventos adversos em instituições de longa permanência, realizamos um estudo de acompanhamento com 536 residentes durante períodos de 15 dias entre novembro de 2016 e maio de 2017 em 8 instituições francesas. A notificação pelos profissionais e a exploração por um médico investigador ajudaram a evidenciar as diferentes tipologias e graus de gravidade dos eventos adversos relacionados ao tratamento. Os 149 eventos adversos relacionados ao tratamento identificados foram classificados em 13 domínios de risco. Quatro desses domínios representaram 60% dos eventos adversos relacionados ao tratamento: 'medicação e prestação do cuidado de saúde', 'ambiente, 'cuidado técnico e acompanhamento' e 'organização e coordenação do cuidado'. Ao todo, 4 dos 149 (2,7%) eventos adversos relacionados ao tratamento tiveram um nível de gravidade classificado como 4; 16 (10,7%) foram de nível 3. Por fim, é preciso dar atenção especial ao risco de suicídio. Estes primeiros resultados precisam ser corroborados, mas ajudarão a desenvolver mensagens de prevenção destinadas aos profissionais.
Resumo:
A rise in the number of dependent elderly people has made nursing homes an important part of the French health system. Through the struggle against adverse events associated with treatments, the question of the residents' safety and wellbeing has been paramount. To get an estimation of the highest incidence rates of adverse events in nursing homes, we carried out a follow-up study on 536 residents over 15-day periods between November 2016 and May 2017 in 8 French nursing homes. Notifications by professionals coupled with explorations by an investigating physician helped evidence the different typologies and degrees of seriousness of treatment-related adverse events. The 149 treatment-related adverse events that were identified belonged to 13 risk domains. Four of these domains accounted for 60% of treatment-related adverse events: 'medication and medical provision', 'living environment', 'technical care and accompaniment', 'care organization and coordination'. Four treatment-related adverse events out of the 149 (2.7%) had a level of seriousness rated as 4; 16 (10.7%) had a seriousness level rated as 3. Finally, particular attention should be paid to suicide risk. These first results need to be corroborated, but they will help develop messages of prevention aimed at professionals.