Cultura de segurança do paciente: percepções de profissionais de enfermagem em instituições de alta complexidade

Desirée Zago Sanchis ; Maria do Carmo Fernandez Lourenço Haddad ; Edmarlon Girotto ; Ana Maria Rigo Silva
Título original:
Patient safety culture: perception of nursing professionals in high complexity institutions
Resumo:

Objetivos: Analisar as percepções de profissionais de enfermagem sobre a cultura de segurança do paciente em três instituições hospitalares de alta complexidade.
Métodos: Estudo descritivo e quantitativo com profissionais que prestam o cuidado de saúde. Utilizamos a Pesquisa Hospitalar sobre Cultura de Segurança do Paciente (Hospital Survey on Patient Safety Culture), classificando as suas dimensões de acordo com o percentual de respostas positivas (pontuação boa: ≥75,0%; potencial de melhoria: <75,0% a >50,0%; deficiente: ≤50,0%).
Resultados: Participaram do estudo 467 profissionais (79,6%), a maioria mulheres (88,4%), técnicos ou auxiliares de enfermagem (57,2%), com idade entre 20 e 39 anos (60,8%), trabalhando há menos de cinco anos na instituição (57,8%) e com vínculo exclusivo (79,2%). A cultura de segurança foi considerada frágil — sete dimensões foram avaliadas como tal, com destaque para “abertura da comunicação” e “respostas não punitivas a erros”, que tiveram <30,0% de respostas positivas.
Conclusões: Este estudo evidencia a necessidade de discutir o assunto e implementar estratégias de mudança que promovam a qualidade e a segurança do cuidado de saúde.

Resumo Original:

Objectives: to analyze the perception of nursing professionals about patient safety culture in three highly complex hospital institutions.
Methods: descriptive and quantitative study with professionals working in care. The Hospital Survey on Patient Safety Culture questionnaire was applied, classifying its dimensions according to the percentage of positive responses (strengthened: ≥75.0%; potential for improvement: <75.0% to> 50.0%; weakened: ≤50.0%).
Results: four hundred sixty-seven professionals (79.6%), mostly women (88.4%), nursing technicians/assistants (57.2%), 20 to 39 years (60.8%), less than five years in the institution (57.8%) and exclusive bond (79.2%) participated in the study. Safety culture was considered fragile, seven dimensions assessed as such, highlighting "Openness to communication" and "Non-punitive responses to errors" with <30.0% positive responses.
Conclusions: evidence of the need for discussion of the subject and strategies for change that promote quality and safety of care.
 

Fonte:
Revista Brasileira de Enfermagem - REBEn ; 73(5): 2021. DOI: doi.org/10.1590/0034-7167-2019-0174 .