Observação de práticas de higienização das mãos na atenção domiciliar

Margaret V McDonald ; Carlin Brickner ; David Russell ; Dawn Dowding ; Elaine L Larson ; Marygrace Trifilio ; Irene Y Bick
Título original:
Observation of Hand Hygiene Practices in Home Health Care
Resumo:

Resumo
Objetivo: Descrever as práticas de higienização das mãos de enfermeiros no ambiente de atenção domiciliar (AD), a adesão de enfermeiros às diretrizes de higienização das mãos e os fatores associados às oportunidades de higienização das mãos durante visitas de atenção domiciliar.
Desenho: Estudo observacional das práticas de higienização das mãos de enfermeiros.
Ambiente e participantes: Observamos enfermeiros durante o trabalho nos domicílios de pacientes atendidos por uma grande agência de AD sem fins lucrativos.
Métodos: Dois pesquisadores observaram 400 visitas domiciliares realizadas por 50 enfermeiros. Utilizamos a ferramenta de observação “5 momentos para a higienização das mãos”, validada pela Organização Mundial da Saúde, para registrar oportunidades e práticas reais de higienização das mãos, com 3 oportunidades adicionais específicas para o ambiente de AD. Também coletamos dados sobre a avaliação dos pacientes disponíveis nos prontuários médicos eletrônicos da agência e aplicamos um questionário demográfico para descrever os pacientes e os enfermeiros participantes.
Resultados: Observamos um total de 2.014 oportunidades. O momento da chegada ao domicílio foi a oportunidade mais frequente (n=384); a menos frequente foi após tocar superfícies próximas ao paciente (n=43). A taxa média de adesão à higienização das mãos foi de 45,6% após o ajuste para agrupamento ao nível dos enfermeiros. A adesão foi maior após o contato com fluidos corporais (65,1%) e menor após o contato com um paciente (29,5%). O número de oportunidades de higienização das mãos foi maior quando os pacientes atendidos tinham maior risco de uma visita de emergência ou hospitalização relacionada a uma infecção e quando se observava que o ambiente doméstico estava “sujo”. Nenhuma característica demográfica dos enfermeiros ou pacientes foi associada à taxa de adesão dos enfermeiros à higienização das mãos.
Conclusões e implicações: A adesão à higienização das mãos na AD está abaixo da ideal, com taxas semelhantes às que são relatadas em ambientes hospitalares e ambulatoriais. A conexão entre a má higienização das mãos e a transmissão de infecções tem sido bem estudada, recebendo muita atenção com o surto de SARS-CoV-2. As agências podem usar os resultados encontrados neste estudo para fundamentar melhor as suas iniciativas de melhoria da qualidade.

 

Resumo Original:

Abstract
Objective: To describe nurse hand hygiene practices in the home health care (HHC) setting, nurse adherence to hand hygiene guidelines, and factors associated with hand hygiene opportunities during home care visits.
Design: Observational study of nurse hand hygiene practices.
Setting: and Participants: Licensed practical/vocational and registered nurses were observed in the homes of patients being served by a large nonprofit HHC agency.
Methods: Two researchers observed 400 home care visits conducted by 50 nurses. The World Health Organization's "5 Moments for Hand Hygiene" validated observation tool was used to record opportunities and actual practices of hand hygiene, with 3 additional opportunities specific to the HHC setting. Patient assessment data available in the agency electronic health record and a nurse demographic questionnaire were also collected to describe patients and nurse participants.
Results: A total of 2014 opportunities were observed. On arrival in the home was the most frequent opportunity (n = 384), the least frequent was after touching a patient's surroundings (n = 43). The average hand hygiene adherence rate was 45.6% after adjusting for clustering at the nurse level. Adherence was highest after contact with body fluid (65.1%) and lowest after touching a patient (29.5%). The number of hand hygiene opportunities was higher when patients being served were at increased risk of an infection-related emergency department visit or hospitalization and when the home environment was observed to be "dirty." No nurse or patient demographic characteristics were associated with the rate of nurse hand hygiene adherence.
Conclusions and implications: Hand hygiene adherence in HHC is suboptimal, with rates mirroring those reported in hospital and outpatient settings. The connection between poor hand hygiene and infection transmission has been well studied, and it has received widespread attention with the outbreak of SARS-CoV-2. Agencies can use results found in this study to better inform quality improvement initiatives.
 

Fonte:
JAMA : the Journal of the American Medical Association ; 22(5): 1029-1034; 2021. DOI: doi.org/10.1016/j.jamda.2020.07.031.