Segurança pelo engajamento dos funcionários: a ligação entre a Segurança-II e o engajamento no ambiente de trabalho

A Segurança-II (e conceitos relacionados, como a “Safety Differently”) são desenvolvimentos relativamente recentes na área da gestão da saúde e segurança. O argumento central destas abordagens é que as intervenções devem se concentrar em colaborar com os funcionários das organizações para compreender e fornecer os recursos de que precisam para que o trabalho prossiga de forma segura e bem-sucedida. Para que a Segurança-II possa se desenvolver, é preciso que os funcionários compartilhem informações voluntariamente e participem de forma significativa nas discussões sobre a organização do trabalho; além disso, é preciso que a organização confie nos funcionários. Entretanto, Ajslev et al. (2020) destacam as barreiras psicossociais às “abordagens participativas”. Poucos artigos exploraram as condições psicossociais nas quais as abordagens modernas e colaborativas para a segurança poderiam florescer. Para tratar dessa questão, este artigo explora as semelhanças entre os conceitos de engajamento no trabalho e Segurança-II. Em particular, destacamos que ambos os conceitos dependem de antecedentes semelhantes (como certas práticas de liderança, a promoção da autonomia e a criação de uma organização justa). A inferência é que as organizações que desejam implementar abordagens modernas e colaborativas para a segurança precisarão compreender e abordar questões muito mais amplas sobre como os funcionários são vistos e gerenciados. Este é o primeiro artigo a comparar o contexto da Segurança-II e do engajamento, e também o primeiro a apresentar evidências de que estes dois conceitos se complementam. 

Safety-II (and related concepts such as ‘Safety differently’) are relatively recent developments in the field of health and safety management. The central argument of these approaches is that interventions should focus on collaborating with workers to understand and provide the resources that workers need to allow work to proceed successfully and safely. Safety-II relies upon workers volunteering information, meaningfully participating in discussions around the organisation of work, and being trusted. However, Ajslev et al. (2020) highlight the psychosocial barriers to ‘participatory approaches’. Few papers have explored the psychosocial conditions in which modern, collaborative approaches to safety might flourish. To address this, this paper explores the similarities between the concepts of work engagement and Safety-II. In particular, this paper identifies that both rely on similar antecedents (such as certain leadership practices, promoting autonomy and creating a just organisation). The inference is that organisations that wish to implement modern, collaborative approaches to safety, will need to understand and address much wider issues regarding how workers are perceived and managed. This is the first paper to compare the antecedents of Safety-II and engagement, and also the first to present evidence that these two concepts complement each other.