Houve escassez de quase todos os trinta medicamentos usados com mais frequência no serviço de emergência no período de 2006-2019

Michelle P Lin ; Carmen Vargas-Torres ; Janice Shin-Kim ; Jacqueline Tin ; Erin Fox
Título original:
Nearly all thirty most frequently used emergency department drugs experienced shortages from 2006-2019
Resumo:

CONTEXTO: A escassez de medicamentos contribui para o erro de medicação evitável e danos ao paciente; essa escassez é exacerbada no Serviço de Emergência devido à natureza sensível ao tempo dos cuidados agudos. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal para descrever a frequência e a duração da escassez de medicamentos associados aos medicamentos administrados com mais frequência no SE. Identificamos os medicamentos de emergência mais utilizados e calculamos o número de consultas associadas a esses medicamentos usando a National Hospital Ambulatory Medical Care Survey (Pesquisa Nacional de Cuidado de Saúde Ambulatorial Hospitalar) de 2006-2019. Obtivemos a frequência e a duração da escassez associada a esses medicamentos no Sistema de Informações sobre Medicamentos da Universidade de Utah. Foram calculados a duração e o total de visitas ao serviço de emergência associadas à escassez dos medicamentos de emergência mais usados. RESULTADOS: De 2006 a 2019, os medicamentos mais frequentemente usados foram ondansetrona (255,1 milhões de visitas ao SE), solução salina normal a 0,9% (251,3 milhões de visitas ao SE) e ibuprofeno (188,5 milhões de visitas ao SE). Houve escassez de todos, exceto dois dos trinta medicamentos mais usados. A duração média da escassez foi de 425 dias, enquanto a mais longa foi para a morfina injetável (3.202 dias). O número de visitas ao SE associado a medicamentos em escassez aumentou de 2.564.425 (2,2% das visitas ao SE dos EUA) em 2006 para 67.221.968 (60,4%) em 2019. As razões mais comuns para a escassez incluem atrasos na fabricação e aumento da demanda. CONCLUSÕES E RELEVÂNCIA: A escassez de medicamentos foi mais frequente e persistente de 2006 a 2019. São necessários mais estudos sobre o impacto clínico dessas carências, além de intervenções políticas para mitigar a escassez.

Resumo Original:

BACKGROUND: Drug shortages contribute to avoidable medication error and patient harm; these shortages are exacerbated in the Emergency Department due to the time-sensitive nature of acute care. METHODS: We performed a cross-sectional study to describe the frequency and duration of drug shortages associated with the most frequent medications administered in the ED. We identified the most frequently used ED medications and calculated number of visits associated with these medications using the 2006-2019 National Hospital Ambulatory Medical Care Survey. We obtained the frequency and duration of shortages associated with these medications from the University of Utah Drug Information System. We calculated duration and total ED visits associated with shortages of the most frequently used ED medications. RESULTS: From 2006 through 2019, the most frequently used drugs were ondansetron (255.1 million ED visits), 0.9% normal saline (251.3 million ED visits), and ibuprofen (188.5 million ED visits). All but two of the top thirty most frequently used medications experienced a shortage. The median shortage duration was 425 days, while the longest were for injectable morphine (3,202 days). The number of ED visits associated with drugs experiencing shortages increased from 2,564,425 (2.2% of U.S. ED visits) in 2006 to 67,221,968 (60.4%) in 2019. The most common reasons for shortage include manufacturing delays and increased demand. CONCLUSIONS AND RELEVANCE: Drug shortages were more frequent and persistent from 2006 through 2019. Further studies on the clinical impact of these shortages are needed, in addition to policy interventions to mitigate shortages.

Fonte:
The American Journal of Emergency Medicine ; 135-139.; 2022. DOI: 10.1016/j.ajem.2021.12.064..