Briefings: o que as equipes de intervenção cirúrgica e minimamente invasiva podem aprender com a prática da cabine de comando das companhias aéreas?

M. Davidson ; R.S. Oeppen ; J. Hardie ; M. Al-Gholmy ; P.A. Brennan
Título original:
Briefings: what can surgical and minimally invasive interventional teams learn from airline flight deck practice?
Resumo:

Embora os cuidados de saúde não devam ser comparados à aviação ou mesmo a outras organizações de alta confiabilidade (OAC), muitas lições, atitudes e práticas transferíveis podem ser aplicadas e, mais importante, adaptadas para melhorar a segurança do paciente e o moral da equipe. A reunião (briefing) da equipe antes de qualquer intervenção é um desses processos que pode ter um efeito significativo na prestação e segurança do atendimento ao paciente e no trabalho efetivo da equipe. Devido às pressões do NHS e à percepção de alguns profissionais de saúde de que o tempo gasto para conduzir uma reunião completa da equipe tem pouca importância, às vezes, ela pode ser acelerada ou considerada um processo para "cumprir tabela" que atrasa uma intervenção. No entanto, quando usada adequadamente, o briefing é uma chance de diminuir os níveis de autoridade e, assim, melhorar a segurança do paciente. Também reduz a probabilidade de erros relacionados aos cuidados de saúde, constrói e melhora a consciência situacional, ao considerar vários cenários hipotéticos e como eles serão tratados, assim como questões mais amplas, incluindo possíveis distrações. Um resultado importante é o seu efeito sobre o moral da equipe através do empoderamento, sendo também uma oportunidade para aprendizado. Neste artigo, que foi escrito após uma oportunidade única de observar um briefing completo de equipe em uma cabine de comando de um Airbus A380, consideramos como, através do uso completo de listas de verificação, as reuniões podem ser usadas da melhor forma possível para as equipes intervencionistas. Levantamos a questão "você se envolveria de forma diferente com as reuniões se sua própria vida ou procedimento dependesse disso?".
 

Resumo Original:

While healthcare should not be compared to aviation or indeed other high reliability organisations (HROs), many lessons, attitudes, and transferable practices can be applied and, more importantly, adapted from them to improve patient safety and team morale. The team brief before any interventional list is one such process that can have a significant effect on the delivery and safety of patient care and effective team working. Due to NHS pressures and the perception by some in healthcare that the time taken to conduct a full team briefing has little importance, it can sometimes be rushed or regarded as a ‘tick box’ process that delays a list. However, when used appropriately, the briefing is a chance to lower authority gradients and thereby improve patient safety. It also reduces the likelihood of medical errors, builds and improves situational awareness by considering various ‘what-if’ scenarios and how they will be dealt with, and considers wider issues including potential distractions. An important outcome is its effect on team morale through empowerment, and it is an opportunity for learning. In this article, which has been written following a unique opportunity to observe a full team brief on an Airbus A380 flight deck, we consider how, through the thorough use of checklists, briefings can be used to best advantage for interventional teams. We raise the question ‘would you engage differently with the briefing if your own life or procedure depended on it?
 

Fonte:
British Journal of Oral and Maxillofacial Surgery ; 61(1): 61-65; 2023. DOI: doi.org/10.1016/j.bjoms.2022.11.006.