Transformando a cultura da equipe: um estudo de caso de cuidados críticos

Um conflito entre a equipe interprofissional amplifica a divisão e impede o cuidado ao paciente. Diferenças normais de opinião se transformam em conflitos francos quando os membros reagem com indignação ou ressentimento. Esses comportamentos geram uma cultura no local de trabalho que degrada a gestão clínica colaborativa e a segurança do paciente. Descrevemos os impactos da cultura de equipe disfuncional, juntamente com intervenções que podem levar a equipes mais produtivas. Em nosso estudo de caso, um grupo interprofissional de clínicos de cuidados intensivos reconheceu que suas interações prejudicavam o cuidado colaborativo e solicitou apoio. Dois especialistas, um enfermeiro e um médico, organizaram dois workshops de duas horas com 18 médicos intensivistas, enfermeiros e bolsistas para começar a transformar sua cultura de unidade disfuncional. Depois de estabelecerem a segurança psicológica, os facilitadores introduziram a grade de caminhos de aprendizagem a explorar: (1) como suposições incorretas levam a interações disfuncionais e resultados abaixo do ideal e (2) como novas suposições informadas por novos insights permitem que as equipes redesenhem suas interações. Por meio de reflexão e análise, os clínicos concluíram que compreender os objetivos e as perspectivas de outros clínicos beneficia os pacientes e as famílias, ajuda os médicos a se sentirem valorizados e promove a confiança mútua. Este exercício ajuda as equipes interprofissionais a transformar as interações disfuncionais, ajudando os membros da equipe a desenvolver uma mentalidade de humildade e questionamento e a se lembrar das boas intenções dos outros. Para lidar com conflitos, oferecemos uma abordagem de conversação baseada em curiosidade, respeito e transparência. Em última análise, a estratégia de comunicação mais importante para um cuidado crítico eficaz é se preocupar com as perspectivas e experiências de outros membros da equipe interprofissional.
 

Interprofessional team conflict amplifies division and impedes patient care. Normal differences of opinion escalate to frank conflicts when members respond with indignation or resentment. These behaviors engender a workplace culture that degrades collaborative clinical management and patient safety. We describe the impacts of dysfunctional team culture along with interventions that can lead to more productive teams. In our case study, an interprofessional group of critical care clinicians recognized that their interactions impaired collaborative care and requested support. Two experts, a nurse and a physician, facilitated two 2-h workshops with 18 critical care physicians, nurses, and fellows to begin transforming their dysfunctional unit culture. After establishing psychological safety, facilitators introduced the learning pathways grid to explore (1) how faulty assumptions lead to dysfunctional interactions and suboptimal results and (2) how new assumptions informed by new insights enable teams to redesign their interactions. Through reflection and analysis, clinicians concluded that understanding other clinicians' goals and perspectives benefits patients and families, helps clinicians feel valued, and fosters mutual trust. This exercise supports interprofessional teams to transform dysfunctional interactions by helping team members to develop a mindset of humility and inquiry and to remind themselves about the good intentions in others. To address conflict, we offer a conversational approach grounded in curiosity, respect, and transparency. Ultimately, the most important communication strategy for effective critical care is caring about the perspectives and experiences of other members of the interprofessional team.