Experiências e barreiras vivenciadas por profissionais da saúde com a comunicação transparente de incidentes relacionados à segurança do paciente: um estudo qualitativo em hospitais da Indonésia
Contexto: A comunicação transparente de incidentes de segurança do paciente é uma estratégia para melhorar a segurança, por prevenir ocorrências futuras. Este estudo procurou identificar os fatores que facilitam ou dificultam a implementação dessa política em hospitais da Indonésia. Métodos: Usando um método de pesquisa descritiva qualitativa, 12 profissionais da saúde com pelo menos um ano na profissão e com experiência prévia na comunicação de incidentes participaram de entrevistas on-line. A análise temática revelou que as práticas de comunicação transparente não são comuns nos hospitais do país. Resultados: Os resultados sugerem que as práticas de comunicação transparente de incidentes não são comuns nos hospitais da Indonésia. As principais questões incluem a falta de definição sobre quem é responsável por divulgar a informação ou sobre quais incidentes devem ser divulgados, a compreensão das respostas dos pacientes e familiares, a implementação de procedimentos de acompanhamento, a superação de barreiras culturais, o medo de divulgar um incidente, a falta de proteção e a falta de conscientização e treinamento entre os profissionais da saúde. Conclusão: A promoção da comunicação transparente de incidentes pode melhorar o relacionamento entre pacientes e profissionais, bem como a segurança do paciente. Pessoas idosas, organizações de saúde, formuladores de políticas e instituições educacionais devem colaborar para incentivar a comunicação transparente, proteger os pacientes e educar os profissionais da saúde, de modo a construir um sistema de saúde mais seguro, transparente e centrado no paciente.
Background: Open disclosure of patient safety incidents is a strategy to enhance patient safety by preventing future occurrences. This study aimed to identify factors that facilitate or hinder the implementation of open disclosure in Indonesian hospitals. Methods: Using a qualitative descriptive research method, 12 healthcare professionals with at least one year of experience and prior incident disclosure experience participated in online interviews. Thematic analysis revealed that open disclosure practices are uncommon in Indonesian hospitals. Results: The findings suggest that open disclosure practices are not common practice in Indonesian hospitals. Key issues include unclear responsibility for disclosure, determining which incidents should be disclosed, understanding patient and family responses, implementing follow-up procedures and addressing barriers such as cultural factors, fear of disclosure, lack of protection and insufficient awareness and training among healthcare professionals. Conclusion: Promoting open disclosure can improve patient-provider relationships and patient safety. Therefore, healthcare organizations, policymakers and educational institutions should collaborate to foster open disclosure, safeguard patients and educate healthcare professionals, leading to a more secure, transparent and patient-centric healthcare system.