Um equilíbrio entre incidentes de cuidado inseguro e cuidado cooperativo interativo: um estudo baseado na teoria fundamentada construtivista sobre um ecossistema de cuidado seguro para pacientes idosos internados
Objetivos: Explorar as experiências de pacientes idosos internados e seus cuidadores com o cuidado de saúde e como se relacionam com a prática da gerontologia. Contexto: O interesse na conceptualização do cuidado seguro para pacientes idosos internados tem crescido, mas os estudos sobre o tema adotam predominantemente a perspectiva dos profissionais da saúde. Há uma escassez de literatura sobre como os pacientes e seus cuidadores conceptualizam o cuidado seguro. Desenho: Estudo baseado na teoria fundamentada construtivista. Métodos: A primeira etapa incluiu entrevistas semiestruturadas com pacientes internados. A segunda incluiu entrevistas semiestruturadas com cuidadores e um total de seis notas de campo. Utilizamos a amostragem proposital e teórica para recrutar 61 participantes em seis instituições de saúde. A análise de dados incluiu a codificação inicial, codificação focada e codificação teórica usando métodos de comparação constante, notas de campo e a redação de memorandos. Resultados: A teoria substantiva que emergiu dos dados foi um equilíbrio entre os incidentes de cuidado inseguro e o cuidado cooperativo interativo. Este conceito central se baseou nas seguintes categorias: incidentes de cuidado inseguro, cuidado cooperativo interativo, cuidado centrado na pessoa, condições contextuais e o resultado do cuidado. As relações entre essas categorias constituíram um equilíbrio no qual o cuidado centrado no paciente foi o elemento central, os incidentes de cuidado inseguro foram as barreiras, o cuidado cooperativo interativo foi o fator facilitador, e o produto desse equilíbrio foi o resultado do cuidado. O equilíbrio constituiu um ecossistema de cuidado seguro sob a influência das condições contextuais. Conclusões: O cuidado cooperativo interativo é vital para que os atores envolvidos no cuidado de saúde consigam reduzir os incidentes de cuidado inseguro, permitindo-lhes alcançar um cuidado seguro e construir um ecossistema de cuidado saudável. Relevância para a prática clínica: Esta teoria identifica as barreiras e os fatores facilitadores enfrentados pelos atores envolvidos no cuidado de saúde para lidar com problemas cotidianos e os orienta no desenvolvimento de planos de cuidados personalizados para garantir a segurança do paciente.
Aims: To explore older inpatients and their caregivers' care experience and how this relates to the gerontology care practice. Background: Research interest in the conceptualization of safe care for older inpatients was growing, and these studies were predominantly reported from a single or healthcare perspective. There is a shortage of literature on how patients and their caregivers conceptualise safe care. Design: Constructivist grounded theory. Methods: Stage 1 included semi-structured interviews with inpatients. Stage 2 included semi-structured interviews with caregivers and six field notes. Purposive and theoretical sampling were used to recruit 61 participants across six healthcare institutions. Data analysis included initial coding, focused coding, and theoretical coding using constant comparative, field notes and memo writing. Results: The substantive theory to emerge from the data was A balance of unsafe care incidents and interactive cooperative care. This core concept was informed by four categories: unsafe care incidents, interactive cooperative care, person-centred care, contextual conditions, and one care outcome. The relationships between these categories constituted a balance in which patient-centred care was the core, unsafe care incidents were the barriers, interactive cooperative care was the facilitator, and the result of the balance was the care outcome. The balance constituted a safe care ecosystem under the interaction of contextual conditions. Conclusions: Interactive cooperative care is vital in enabling care stakeholders to reduce unsafe care incidents, which facilitates them in achieving safe care and further constructing a healthy care ecosystem. Relevance to Clinical Practice: This theory identifies barriers and facilitators encountered by care stakeholders to cope with everyday problems and guides them in developing personalised care plans to ensure patient safety.
