Controle de infecções como grande prioridade da Organização Mundial da Saúde para os países em desenvolvimento
As infecções associadas ao cuidado de saúde afetam centenas de milhões de pessoas em todo o mundo, sendo uma importante questão global de segurança do paciente. Essas infecções complicam entre 5% e 10% das internações em hospitais de atendimento agudo em países industrializados. Nos países em desenvolvimento, o risco é entre duas e vinte vezes mais elevado e a proporção de pacientes infectados frequentemente passa de 25%. Uma maior conscientização sobre esse problema motivou a Organização Mundial da Saúde a promover a criação da Aliança Mundial para a Segurança do Paciente (World Alliance for Patient Safety). A prevenção de infecções associadas ao cuidado de saúde é o objetivo do Primeiro Desafio Global de Segurança do Paciente (First Global Patient Safety Challenge) da Aliança, chamado "Uma Assistência Limpa é uma Assistência mais Segura" (Clean Care is Safer Care) e lançado em outubro de 2005. Dois anos depois, 72 ministros da saúde assinaram uma declaração formal como compromisso de seu apoio à implementação de ações para reduzir as infecções associadas ao cuidado de saúde. Desses ministros, 30 eram de países em desenvolvimento. Outros países, sobretudo do mundo em desenvolvimento, pretendem assinar a declaração até o final de 2008, o que representará mais de três quartos da população mundial. Tendo em vista a ênfase da estratégia proposta em soluções simples e de custo acessível, espera-se que o Desafio tenha um alto impacto nos países em desenvolvimento. Os esforços combinados promovidos pelo Desafio têm o potencial de salvar milhões de vidas, prevenir a morbidade e a incapacidade de longo prazo em centenas de milhões de pacientes, e levar a importantes reduções de custos, em virtude do aprimoramento de medidas básicas de controle de infecções em qualquer ambiente de saúde, independentemente dos recursos disponíveis ou do nível de desenvolvimento.
Healthcare-associated infection affects hundreds of millions of people worldwide and is amajor global issue for patient safety. It complicates between 5 and 10% of admissions in acute care hospitals in industrialized countries. In developing countries, the risk is two to twenty times higher and the proportion of infected patients frequently exceeds 25%. A growing awareness of this problem prompted the World Health Organization to promote the creation of the World Alliance for Patient Safety. Prevention of healthcare-associated infection is the target of the Alliance First Global Patient Safety Challenge, ‘Clean Care is Safer Care', launched in October 2005. After 2 years, a formal statement has been signed by 72 ministries of health as a pledge of their support to implement actions to reduce healthcare-associated infection; of these, 30 are developing countries. Additional countries, mostly from the developing world, have planned to sign by the end of 2008 and will represent in total more than three-quarters of the world's population. Given the emphasis of the proposed strategy on simple and affordable solutions, the impact of the Challenge is expected to be high in developing countries. The combined efforts expected under the Challenge have the potential to save millions of lives, preventmorbidities and long-term disability for hundreds of millions of patients, and lead to major cost savings through the improvement of basic infection control measures in any healthcare setting, regardless of resources available or level of development.
