Desenho de um estudo de coorte prospectivo para avaliar desigualdades étnicas na segurança do paciente no cuidado hospitalar usando métodos mistos
Contexto: Estudos conduzidos nos EUA demonstram um maior risco de eventos adversos (EAs) no cuidado hospitalar entre minorias étnicas; entretanto, as desigualdades étnicas na segurança do paciente nunca foram analisadas na Europa. Com base na literatura existente e na pesquisa exploratória, nosso grupo de pesquisa desenvolveu um modelo conceitual e um estudo empírico destinado a aumentar o conhecimento sobre o papel da etnia na segurança do paciente. O estudo foi delineado para (1) avaliar o risco de EAs entre pacientes internados de origem não ocidental, em comparação com pacientes da etnia holandesa, (2) analisar quais determinantes relacionados ao paciente afetam o risco de EAs, (3) explorar os mecanismos de interação paciente-prestador que possam aumentar o risco de EAs e (4) explorar possíveis estratégias para prevenir desigualdades na segurança do paciente.
Métodos: Estamos realizando um estudo de coorte prospectivo de métodos mistos em quatro hospitais holandeses, iniciado em 2010 e com término previsto para 2013. Foram incluídos 2.000 pacientes (1.000 pacientes da etnia holandesa e 1.000 pacientes de etnias não ocidentais, com idades entre 45 e 75 anos). Os dados da investigação estão sendo usados para identificar variáveis explicativas relacionadas aos pacientes (p.ex., proficiência na língua holandesa, alfabetização em saúde, indicadores da situação socioeconômica e religião) durante a internação hospitalar. Após a alta, dois revisores experientes realizam a revisão em duas etapas dos prontuários médicos usando um instrumento padronizado para determinar a incidência de EAs. Os dados serão analisados usando a regressão logística multinível e multivariável. Entrevistas qualitativas com prestadores e pacientes permitirão examinar os mecanismos de ocorrência de EAs e possíveis estratégias de prevenção.
Conclusão: Este estudo utiliza um plano de estudo robusto para quantificar a diferença no risco de EAs entre pacientes de minorias étnicas e pacientes holandeses no cuidado hospitalar. Além disso, estamos desenvolvendo uma descrição aprofundada dos mecanismos que produzem um maior risco entre alguns grupos em comparação com outros e identificando oportunidades para promover uma distribuição mais equitativa da segurança do paciente para todos.
Background: While US studies show a higher risk of adverse events (AEs) for ethnic minorities in hospital care, in Europe ethnic inequalities in patient safety have never been analysed. Based on existing literature and exploratory research, our research group developed a conceptual model and empirical study to increase our understanding of the role ethnicity plays in patient safety. Our study is designed to (1) assess the risk of AEs for hospitalised patients of non-Western ethnic origin in comparison to ethnic Dutch patients; (2) analyse what patient-related determinants affect the risk of AEs; (3) explore the mechanisms of patient-provider interactions that may increase the risk of AEs; and (4) explore possible strategies to prevent inequalities in patient safety.
Methods: We are conducting a prospective mixed methods cohort study in four Dutch hospitals, which began in 2010 and is running until 2013. 2000 patients (1000 ethnic Dutch and 1000 of non-Western ethnic origin, ranging in age from 45-75 years) are included. Survey data are being used to capture patients' explanatory variables (e.g., Dutch language proficiency, health literacy, socio-economic status (SES)-indicators, and religion) during hospital admission. After discharge, a two-stage medical record review using a standardized instrument is conducted by experienced reviewers to determine the incidence of AEs. Data will be analysed using multilevel multivariable logistic regression. Qualitative interviews with providers and patients will provides insight into the mechanisms of AEs and potential prevention strategies.
Conclusion: This study uses a robust study plan to quantify the risk difference of AEs between ethnic minority and Dutch patients in hospital care. In addition we are developing an in-depth description of the mechanisms of excess risk for some groups compared to others, while identifying opportunities for more equitable distributions of patient safety for all.
