Protocolo de prevenção da pneumonia relacionada à assistência à saúde
Este relatório atualiza, expande e substitui o "Guideline for Prevention of Nosocomial Pneumonia" publicado anteriormente pelo CDC. O novo protocolo visa reduzir a incidência de pneumonia relacionada à assistência à saúde e outras infecções agudas graves do trato respiratório inferior em hospitais de cuidado agudo e em outros ambientes de saúde (p.ex., instituições ambulatoriais ou de cuidado de longo prazo, além de outras instalações nas quais é prestado o cuidado de saúde). Dentre as mudanças nas recomendações para a prevenção da pneumonia bacteriana, especialmente a pneumonia associada à ventilação mecânica, estão:
(1) o uso preferencial de tubos orotraqueais em vez de nasotraqueais em pacientes submetidos à ventilação mecânica;
(2) o uso de ventilação não invasiva para reduzir a necessidade e a duração da intubação endotraqueal;
(3) a troca dos circuitos de respiração dos ventiladores quando estes funcionam incorretamente ou estão visivelmente contaminados; e
(4) o uso de um tubo endotraqueal com lúmen dorsal para permitir a drenagem das secreções respiratórias (quando viável).
Não é feita nenhuma recomendação sobre o uso de sucralfato, antagonistas dos receptores de histamina H2 ou antiácidos para a profilaxia do sangramento relacionado ao estresse. Dentre as mudanças para a prevenção da legionelose relacionada à assistência à saúde estão as seguintes recomendações:
(1) manter água potável quente a temperaturas inadequadas para a amplificação da Legionella spp.;
(2) considerar a coleta rotineira de culturas do sistema de água potável de unidades de transplante de órgãos como parte de um programa abrangente para a prevenção e controle da legionelose relacionada à assistência à saúde; e
(3) iniciar uma investigação sobre a origem da Legionella spp. quando um caso definitivo ou possível de legionelose relacionada à assistência à saúde confirmada laboratorialmente for identificado num receptor de transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) internado no hospital ou em dois ou mais receptores de TCTH que visitaram uma unidade ambulatorial de TCTH durante a totalidade ou parte do período de 2 a 10 dias antes do início da doença.
Na seção sobre aspergilose, as recomendações revistas incluem: (1) o uso de um quarto com filtros HEPA (high-efficiency particulate air) em vez de fluxo de ar laminar como ambiente protetor para os receptores de TCTH alogênico e (2) o uso de métodos de proteção respiratória de alta eficiência (p.ex., máscaras N95) por pacientes gravemente imunocomprometidos quando estes saírem de seus quartos durante a realização de atividades geradoras de poeira na unidade. Na seção sobre o vírus sincicial respiratório (VSR), a nova recomendação é determinar, caso a caso, se é preciso administrar anticorpos monoclonais (palivizumabe) a certos bebês e crianças com idade <24 meses nascidos prematuramente que tenham alto risco de infecção grave por VSR. Na seção sobre influenza, as novas recomendações incluem adicionar oseltamivir (além de amantadina e rimantadina) para a profilaxia de todos os pacientes sem influenza e adicionar oseltamivir e zanamivir (além de amantadina e rimantadina) como tratamento para pacientes com influenza aguda numa unidade na qual foi reconhecido um surto de influenza. Além das recomendações revistas, o protocolo contém novas seções sobre coqueluche e infecções do trato respiratório inferior por adenovírus e parainfluenza e refere os leitores a fontes de informações atualizadas sobre a prevenção e o controle da síndrome respiratória aguda grave.
This report updates, expands, and replaces the previously published CDC "Guideline for Prevention of Nosocomial Pneumonia". The new guidelines are designed to reduce the incidence of health-care-associated pneumonia and other severe, acute lower respiratory tract infections in acute-care hospitals and in other health-care settings (e.g., ambulatory and long-term care institutions) and other facilities where health care is provided. Among the changes in the recommendations to prevent bacterial pneumonia, especially ventilator-associated pneumonia, are the preferential use of oro-tracheal rather than nasotracheal tubes in patients who receive mechanically assisted ventilation, the use of noninvasive ventilation to reduce the need for and duration of endotracheal intubation, changing the breathing circuits of ventilators when they malfunction or are visibly contaminated, and (when feasible) the use of an endotracheal tube with a dorsal lumen to allow drainage of respiratory secretions; no recommendations were made about the use of sucralfate, histamine-2 receptor antagonists, or antacids for stress-bleeding prophylaxis. For prevention of health-care-associated Legionnaires disease, the changes include maintaining potable hot water at temperatures not suitable for amplification of Legionella spp., considering routine culturing of water samples from the potable water system of a facility's organ-transplant unit when it is done as part of the facility's comprehensive program to prevent and control health-care-associated Legionnaires disease, and initiating an investigation for the source of Legionella spp. when one definite or one possible case of laboratory-confirmed health-care-associated Legionnaires disease is identified in an inpatient hemopoietic stem-cell transplant (HSCT) recipient or in two or more HSCT recipients who had visited an outpatient HSCT unit during all or part of the 2-10 day period before illness onset. In the section on aspergillosis, the revised recommendations include the use of a room with high-efficiency particulate air filters rather than laminar airflow as the protective environment for allogeneic HSCT recipients, and the use of high-efficiency respiratory-protection devices (e.g., N95 respirators) by severely immunocompromised patients when they leave their rooms when dust-generating activities are ongoing in the facility. In the respiratory syncytial virus (RSV) section, the new recommendation is to determine, on a case-by-case basis, whether to administer monoclonal antibody (palivizumab) to certain infants and children aged <24 months who were born prematurely and are at high risk for severe RSV infection. In the section on influenza, the new recommendations include the addition of oseltamivir (to amantadine and rimantadine) for prophylaxis of all patients without influenza illness and oseltamivir and zanamivir (to amantadine and rimantadine) as treatment for patients who are acutely ill with influenza in a unit where an influenza outbreak is recognized. In addition to the revised recommendations, the guideline contains new sections on pertussis and lower respiratory tract infections caused by adenovirus and human parainfluenza viruses, and refers readers to the source of updated information about prevention and control of severe acute respiratory syndrome.