Resumo
Contexto/objetivo: As recomendações para prevenção e controle de infecções (PCI) em relação à COVID-19 em ambientes de cuidado de longa permanência foram desenvolvidas com base em uma compreensão limitada da COVID-19 e devem ser avaliadas para determinar a sua efetividade na redução da transmissão entre populações de alto risco.
Desenho e ambiente: Entre junho e julho de 2020, realizamos visitas a 24 instituições de longa permanência (ILPs) no condado de Fulton, na Geórgia, para avaliar a adesão às diretrizes atuais, dar feedback em tempo real sobre possíveis deficiências e identificar indicadores específicos cuja implementação ou ausência estivesse associada a uma maior ou menor prevalência de COVID-19.
Participantes: Visitamos 24 ILPs, com um total de 2.580 residentes, entre os quais 1.004 (39%) foram infectados pela COVID-19.
Medições: Analisamos a adesão geral às medidas de PCI nas ILPs com base em 33 indicadores-chave, divididos em cinco categorias: higienização das mãos, desinfecção, distanciamento social, EPIs e rastreamento de sintomas. As instalações foram divididas em grupos de maior e menor prevalência, com base na prevalência cumulativa de COVID-19, para determinar diferenças na implementação das medidas de PCI.
Resultados: A implementação das medidas de PCI apresentou pontuação mais baixa na categoria desinfecção (32%) e mais alta na categoria rastreamento de sintomas (74%). Observamos diferenças significativas na implementação de medidas de PCI entre os grupos com maior e menor prevalência nas categorias distanciamento social (grupo de maior prevalência 54% vs. grupo de menor prevalência 74%, p<0,01) e na categoria EPIs (grupo de maior prevalência 41% vs. grupo de menor prevalência 72%, p<0,01).
Conclusão: As ILPs com menor prevalência de COVID-19 demonstraram uma implementação significativamente melhor das recomendações para PCI em comparação com aquelas com maior prevalência de COVID-19, indicando a importância de aderir às diretrizes atuais para reduzir a transmissão nesta população vulnerável.
Abstract
Background/objective: Recommendations for infection prevention and control (IPC) of COVID-19 in long-term care settings were developed based on limited understanding of COVID-19 and should be evaluated to determine their efficacy in reducing transmission among high-risk populations.
Design and setting: Site visits to 24 long-term care facilities (LTCFs) in Fulton County, Georgia, were conducted between June and July 2020 to assess adherence to current guidelines, provide real-time feedback on potential weaknesses, and identify specific indicators whose implementation or lack thereof was associated with higher or lower prevalence of COVID-19.
Participants: Twenty-four LTCFs were visited, representing 2,580 LTCF residents, among whom 1,004 (39%) were infected with COVID-19.
Measurements: Overall IPC adherence in LTCFs was analyzed for 33 key indicators across five categories: Hand Hygiene, Disinfection, Social Distancing, PPE, and Symptom Screening. Facilities were divided into Higher- and Lower-prevalence groups based on cumulative COVID-19 infection prevalence to determine differences in IPC implementation.
Results: IPC implementation was lowest in the Disinfection category (32%) and highest in the Symptom Screening category (74%). Significant differences in IPC implementation between the Higher- and Lower-prevalence groups were observed in the Social Distancing category (Higher-prevalence group 54% vs Lower-prevalence group 74%, P < .01) and the PPE category (Higher-prevalence group 41% vs Lower-prevalence group 72%, P < .01).
Conclusion: LTCFs with lower COVID-19 prevalence among residents had significantly greater implementation of IPC recommendations compared to those with higher COVID-19 prevalence, suggesting the utility in adhering to current guidelines to reduce transmission in this vulnerable population.
