"Alguma versão, a maior parte do tempo": a lista de verificação da segurança cirúrgica, a segurança do paciente e as experiências diárias com a variação da prática clínica

Melanie Hammond Mobilio
Elise Paradis
Carol-Anne Moulton
Título original
"Some version, most of the time": The surgical safety checklist, patient safety, and the everyday experience of practice variation
Resumo

CONTEXTO: Este estudo investigou a adesão à Lista de Verificação da Segurança Cirúrgica para destacar quais suposições sobre a lista poderiam não ser cumpridas na prática. MÉTODO: Usamos métodos etnográficos para investigar as práticas de utilização da Lista de Verificação da Segurança Cirúrgica em um hospital. Realizamos 51 dias de observação, oito entrevistas semiestruturadas e dois inquéritos com profissionais do centro cirúrgico ao longo de dois anos. Os dados foram coletados e analisados de forma iterativa. RESULTADOS: Embora as taxas de adesão notificadas ao Ministério da Saúde tenham sido de quase 100%, as práticas de utilização da lista variaram muito: 82% dos briefings, 76% das pausas cirúrgicas e 22% dos debriefings incluíram algum tipo de reunião em equipe. Identificamos lacunas entre as políticas e a prática em quatro níveis: adesão às diferentes etapas e itens, responsabilidade pela lista de verificação, documentação da adesão e trabalho em equipe interprofissional. CONCLUSÕES: Os dados sobre a adesão à lista de verificação são insuficientes para entender de que forma intervenções complexas influenciam a prestação do cuidado. É necessária uma atenção reforçada e contínua às práticas no cuidado de saúde.

Resumo original

BACKGROUND: This study investigated checklist compliance to highlight where assumptions about the Surgical Safety Checklist might not be met in practice. METHODS: We used ethnographic methods to investigate the practice of the Surgical Safety Checklist in one hospital. Fifty-one observation days, eight semi-structured interviews, and two surveys of operating room staff over two years were conducted. Data were collected and analyzed iteratively. RESULTS: Despite the near 100% compliance rates reported to the Ministry of Health, practice of the Surgical Safety Checklist varied widely: 82% of Briefings, 76% of Time-Outs, and 22% of Debriefings included some sort of team huddle. Gaps between policy and practice were identified at four different levels: compliance with the stages and items; responsibility for the checklist; documentation of adherence; and interprofessional teamwork. CONCLUSIONS: Checklist compliance data are insufficient to understand how complex interventions impact care delivery. Greater and continued attention to practice in healthcare is needed.

Revista
American Journal of Surgery
Data de publicação
Volume
223
Fascículo
6
doi
10.1016/j.amjsurg.2021.11.002.