Atenção entre profissionais da saúde: uma revisão de escopo
Contexto: O conceito de atenção pode ajudar a esclarecer as necessidades dos profissionais clínicos e a forma como o design dos sistemas de saúde afeta a qualidade do cuidado e a ocorrência de erros no cuidado de saúde. Objetivo: Conduzimos uma revisão de escopo para 1) identificar e caracterizar a literatura relevante sobre a atenção dos profissionais clínicos, 2) compilar indicadores usados para medir a atenção e 3) criar um referencial com os conceitos-chave. Fontes de dados: Fizemos pesquisas nas bases de dados Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), Medline (PubMed) e Embase (Ovid) de 2001 a 26 de fevereiro de 2024. Seleção de estudos: Selecionamos estudos em inglês que abordassem a atenção dos profissionais da saúde no cuidado ao paciente. A abstração e revisão dos dados foram realizadas por dois pesquisadores. Extração de dados: Extraímos informações sobre o artigo, os profissionais da saúde estudados, o ambiente de prática, o desenho e a intenção do estudo, os tipos de fatores relacionados à atenção e os indicadores usados para medir a atenção. Síntese de dados: Dos 6.448 artigos examinados, 585 atenderam aos critérios de inclusão. Em sua maioria, os estudos foram descritivos (n=469), com uma menor proporção de estudos investigativos (n=116). Mais estudos se concentraram nas barreiras à atenção (n=387; 342 descritivos e 45 investigativos) do que nos fatores facilitadores para melhorar a atenção (n=198; 112 descritivos e 86 investigativos). Desenvolvemos um referencial, agrupando os estudos em seis categorias: 1) definições de atenção, 2) o ambiente clínico e seu efeito sobre a atenção, 3) fatores pessoais que afetam a atenção, 4) relações entre intervenções ou fatores que afetam a atenção e os resultados do cuidado, 5) o efeito dos alarmes clínicos e da fadiga de alarmes na atenção e 6) o efeito da tecnologia da informação em saúde sobre a atenção. Ao todo, 82 indicadores foram usados para medir a atenção. Limitações: Este estudo não sintetiza as respostas a questões específicas. A qualidade dos estudos não foi avaliada. Conclusão: Esta revisão de caráter geral pode ser um recurso para pesquisadores, especialistas em melhoria da qualidade e líderes de sistemas de saúde em seu trabalho para melhorar os ambientes clínicos. Futuras revisões sistemáticas poderão sintetizar as evidências sobre os indicadores usados para medir a atenção e sobre a eficácia das barreiras ou fatores facilitadores que afetam a atenção.
Background: The concept of attention can provide insight into the needs of clinicians and how health systems design can impact patient care quality and medical errors. Purpose: To conduct a scoping review to 1) identify and characterize literature relevant to clinician attention; 2) compile metrics used to measure attention; and 3) create a framework of key concepts. Data Sources: Cumulated Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), Medline (PubMed), and Embase (Ovid) from 2001 to 26 February 2024. Study Selection: English-language studies addressing health care worker attention in patient care. At least dual review and data abstraction. Data Extraction: Article information, health care professional studied, practice environment, study design and intent, factor type related to attention, and metrics of attention used. Data Synthesis: Of 6448 screened articles, 585 met inclusion criteria. Most studies were descriptive (n ¼ 469) versus investigational (n ¼ 116). More studies focused on barriers to attention (n ¼ 387; 342 descriptive and 45 investigational) versus facilitators to improving attention (n ¼ 198; 112 descriptive and 86 investigational). We developed a framework, grouping studies into 6 categories: 1) definitions of attention, 2) the clinical environment and its effect on attention, 3) personal factors affecting attention, 4) relationships between interventions or factors that affect attention and patient outcomes, 5) the effect of clinical alarms and alarm fatigue on attention, and 6) health information technology’s effect on attention. Eighty-two metrics were used to measure attention. Limitations: Does not synthesize answers to specific questions. Quality of studies was not assessed. Conclusion: This overview may be a resource for researchers, quality improvement experts, and health system leaders to improve clinical environments. Future systematic reviews may synthesize evidence on metrics to measure attention and on the effectiveness of barriers or facilitators related to attention.