Excerto
A sepse, definida pelos critérios Sepsis-3 da Society of Critical Care Medicine (SCCM), é uma disfunção orgânica com risco de vida causada por uma resposta desregulada do hospedeiro à infecção. A sepse e o choque séptico são importantes causas de mortalidade em todo o mundo, resultando na morte de um em cada três a um em cada seis pacientes nos quais a sepse é identificada. Ambos são considerados emergências médicas que requerem avaliação e gerenciamento urgentes; a identificação precoce e o início do tratamento melhoram os resultados em pacientes com sepse. Especificamente,
o tratamento precoce com terapia antimicrobiana é uma das intervenções mais eficazes para reduzir a mortalidade hospitalar em pacientes com sepse.
Identificar a sepse e o choque séptico pode ser problemático na sua apresentação inicial. A apresentação clínica da sepse é altamente variável, seu diagnóstico diferencial é extremamente amplo, e a etiologia subjacente dos sintomas apresentados pode não ser evidente de imediato. Isto é particularmente verdadeiro para pacientes que, no início, se apresentam com sinais e sintomas sugestivos no serviço de emergência. Várias ferramentas de triagem para sepse são usadas dependendo do local da avaliação. A maioria dessas ferramentas utiliza critérios que englobam avaliação clínica, sinais vitais e dados laboratoriais para fazer a triagem da sepse e prever a mortalidade. Algumas ferramentas comumente usadas para rastrear a sepse incluem os critérios de Síndrome de Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS), o Escore Sequencial de Falência de Órgãos (qSOFA), os Critérios de Avaliação de Falência Sequencial de Órgãos (SOFA), o Escore Nacional de Alerta Precoce (NEWS) e o Escore de Alerta Precoce Modificado (MEWS).
A sepse é avaliada por vários estudos laboratoriais, incluindo diferentes biomarcadores essenciais para o diagnóstico, reconhecimento precoce da gravidade, estratificação de risco e prognóstico. Esses estudos também têm um papel na definição do gerenciamento e da administração de antibióticos. O tratamento inicial de um paciente com suspeita de sepse inclui a avaliação da fonte de infecção e da gravidade, o tratamento e a prevenção de hipotensão, fluidos intravenosos, vasopressores, antibióticos e o controle da fonte de infecção. A gravidade da sepse é determinada por meio de exame físico e avaliação laboratorial.
O exame laboratorial para pacientes com suspeita de sepse inclui lactato sanguíneo, hemograma completo com diferencial (CBC), painel químico e testes de função hepática (LFTs). O uso desses dados laboratoriais, juntamente com os achados clínicos, é essencial para estratificar a gravidade da doença. O escore SOFA é usado para definir a sepse e tem valor prognóstico e terapêutico. Esse sistema de pontuação permite que os médicos avaliem a disfunção orgânica, a característica marcante da sepse e do choque séptico, e avalia os sistemas respiratório, cardiovascular, hepático, renal, hematológico e nervoso central. Os escores variam de 0 a 4, com altos escores significando maior mortalidade prevista e a possibilidade de haver necessidade de cuidados intensivos.
Excerpt
Sepsis, defined by the Society of Critical Care Medicine (SCCM) Sepsis-3 criteria, is life-threatening organ dysfunction caused by a dysregulated host response to infection. Sepsis and septic shock are high causes of mortality worldwide, resulting in the death of 1 in 3 to 1 in 6 patients in whom sepsis is identified. Sepsis and septic shock are considered medical emergencies requiring time-sensitive evaluation and management; early identification and treatment initiation improve outcomes in sepsis patients. Specifically, early treatment with antimicrobial therapy is one of the most effective interventions that decrease in-hospital mortality in patients with sepsis.
Identifying sepsis and septic shock can prove problematic on initial presentation. The clinical presentation of sepsis is highly variable, the differential diagnosis of sepsis is exceedingly broad, and the underlying etiology of the presenting symptoms may not be immediately evident. This is particularly true for patients initially presenting with suggestive signs and symptoms in the emergency department. Various screening tools for sepsis are used depending on the location of the evaluation. Most of these tools utilize criteria incorporating clinical evaluation, vital signs, and laboratory data to screen for sepsis and predict mortality. Some tools commonly used to screen for sepsis include the Systemic Inflammatory Response Syndrome (SIRS) criteria, quick Sequential Organ Failure Score (qSOFA), Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) criteria, National Early Warning Score (NEWS), and Modified Early Warning Score (MEWS).
Sepsis is evaluated with various laboratory studies, including different biomarkers essential for diagnosis, early recognition of severity, risk stratification, and prognosis. These studies also have a role in dictating management and antibiotic stewardship. The initial management of a patient with suspected sepsis includes evaluation for the source of infection, severity assessment, treatment and prevention of hypotension, intravenous fluids, vasopressors, antibiotics, and infection source control. The severity of sepsis is determined through physical examination and laboratory evaluation.
The laboratory workup for patients with suspected sepsis includes blood lactate, complete blood count with differential (CBC), chemistry panel, and liver function tests (LFTs). Using this laboratory data, along with clinical findings, is essential in stratifying the severity of the disease. The SOFA score is used to define sepsis and has prognostic and therapeutic value. This scoring system allows clinicians to assess organ dysfunction, the characterizing feature of sepsis and septic shock, and evaluates the respiratory, cardiovascular, hepatic, renal, hematologic, and central nervous systems. The scores range from 0 to 4, with high scores signifying higher predicted mortality and the likelihood of requiring intensive care