Avançando com a agenda de pesquisa para a redução dos erros de diagnóstico
Os erros de diagnóstico continuam a ser uma área pouco enfatizada e pouco estudada na pesquisa em segurança do paciente. Apresentamos aqui um breve resumo dos métodos utilizados para pesquisar a epidemiologia, os fatores contribuintes e as intervenções relacionadas aos erros de diagnóstico, esboçando orientações para pesquisa futura. Os métodos experimentais utilizados para avaliar a epidemiologia dos erros de diagnóstico nos dão uma certa estimativa sobre as taxas desse tipo de erro. No entanto, parece haver uma grande variabilidade nas taxas notificadas, devido à heterogeneidade das definições e dos métodos de pesquisa utilizados. Assim, os métodos futuros devem concentrar-se em obter estimativas mais precisas em diferentes ambientes de cuidado. Isso lançaria as bases para a medição das taxas de erros ao longo do tempo, a fim de avaliar as melhorias. Os métodos de pesquisa estudaram os fatores contribuintes para os erros de diagnóstico tanto em ambientes naturais como experimentais. As duas abordagens revelaram informações importantes e complementares. Precisamos de novos modelos conceituais, desenvolvidos fora da área da saúde, para aumentar a profundidade e o rigor da análise de sistemas e das noções cognitivas sobre as causas dos erros. Embora a literatura tenha sugerido muitas intervenções potencialmente proveitosas para reduzir os erros de diagnóstico, a maior parte delas não foi avaliada sistematicamente e/ou implementada de forma ampla na prática. São necessários estudos para avaliar áreas de intervenção promissoras, como a promoção de um maior envolvimento do paciente no diagnóstico, a utilização de ferramentas eletrônicas para melhorar o diagnóstico e a identificação e redução de "armadilhas" específicas do processo diagnóstico (p.ex., não realizar uma avaliação diagnóstica adequada de uma massa mamária após uma mamografia "normal"). Na última década de pesquisa sobre os erros de diagnóstico foram feitos avanços promissores e foram lançadas as bases para o uso de métodos mais rigorosos que permitam o avanço nesta área.
Diagnostic errors remain an underemphasised and understudied area of patient safety research. We briefly summarise the methods that have been used to conduct research on epidemiology, contributing factors and interventions related to diagnostic error and outline directions for future research. Research methods that have studied epidemiology of diagnostic error provide some estimate on diagnostic error rates. However, there appears to be a large variability in the reported rates due to the heterogeneity of definitions and study methods used. Thus, future methods should focus on obtaining more precise estimates in different settings of care. This would lay the foundation for measuring error rates over time to evaluate improvements. Research methods have studied contributing factors for diagnostic error in both naturalistic and experimental settings. Both approaches have revealed important and complementary information. Newer conceptual models from outside healthcare are needed to advance the depth and rigour of analysis of systems and cognitive insights of causes of error. While the literature has suggested many potentially fruitful interventions for reducing diagnostic errors, most have not been systematically evaluated and/or widely implemented in practice. Research is needed to study promising intervention areas such as enhanced patient involvement in diagnosis, improving diagnosis through the use of electronic tools and identification and reduction of specific diagnostic process 'pitfalls' (eg, failure to conduct appropriate diagnostic evaluation of a breast lump after a 'normal' mammogram). The last decade of research on diagnostic error has made promising steps and laid a foundation for more rigorous methods to advance the field
Crédito da imagem: TechCD Blog