Colaboração interprofissional e eficácia da equipe com a inclusão de farmacêuticos na clínica geral: uma pesquisa transnacional
Com a contínua evolução dos cuidados em equipe, os farmacêuticos passaram a ser incluídos em equipes de clínica geral em muitos países e em graus variados, para melhorar o uso de medicamentos e a segurança do paciente. No entanto, as evidências sobre a colaboração interprofissional e a eficácia da equipe com a inclusão dos farmacêuticos na clínica geral são escassas. Este estudo teve como objetivo comparar o grau de colaboração interprofissional e a eficácia da equipe com a inclusão de farmacêuticos na clínica geral, na Austrália com outros países (Canadá e Reino Unido), assim como identificar os fatores associados a essa colaboração e eficácia. Farmacêuticos da clínica geral na Austrália, no Canadá e no Reino Unido foram identificados por meio de organizações e redes profissionais e convidados a participar de uma pesquisa on-line, adaptada de ferramentas validadas existentes. A pesquisa explorou a colaboração interprofissional por meio de quatro subdomínios (interações profissionais, início de relacionamento, confiança e clareza de papéis e compromisso com a colaboração) e a eficácia da equipe com os farmacêuticos na clínica geral. Dos 101 entrevistados (26 da Austrália, 44 do Canadá e 31 do Reino Unido), 79% eram mulheres e 78% tinham menos de 50 anos. A colaboração interprofissional e a eficácia da equipe pareceram ser altas e semelhantes entre os países. Os escores totais para colaboração com farmacêuticos foram 86,1 ± 7,4 na Austrália, 88,5 ± 7,5 no Reino Unido e 89,1 ± 7,3 no Canadá (média ± DP, onde escores mais altos representam uma colaboração mais avançada), enquanto os escores de eficácia da equipe com farmacêuticos foram 88,6 ± 14,6 no Canadá, 91,8 ± 14,6 na Austrália e 97,5 ± 14,0 no Reino Unido. Os farmacêuticos que trabalhavam em clínica geral há mais tempo apresentaram colaboração interprofissional avançada, enquanto aqueles que trabalhavam exclusivamente em clínica geral apresentaram escores mais altos para eficácia da equipe. No geral, os farmacêuticos de clínica geral nos três países eram altamente colaborativos com os clínicos gerais. O vínculo empregatício de longo prazo e as horas de trabalho mais longas podem aumentar a colaboração interprofissional e a eficácia da equipe para farmacêuticos de clínica geral, melhorando a confiança e as relações de trabalho ao longo do tempo.
As team-based care continues to evolve, pharmacists have been included in general practice teams in many countries, to varying extents, to improve medication use and patient safety. However, evidence on interprofessional collaboration and team effectiveness of pharmacists in general practice is sparse. This study aimed to compare the extent of interprofessional collaboration and team effectiveness of general practice pharmacists in Australia with international sites (Canada and the UK), and identify the factors associated with interprofessional collaboration and team effectiveness. General practice pharmacists from Australia, Canada, and the UK were identified through professional organisations and networks, and invited to participate in an online survey, adapted from existing validated tools. The survey explored interprofessional collaboration through four sub-domains (professional interactions, relationship initiation, trust and role clarity, and commitment to collaboration) and team effectiveness of general practice pharmacists. Of the 101 respondents (26 from Australia, 44 from Canada and 31 from the UK), 79% were female and 78% were aged below 50 years. Interprofessional collaboration and team effectiveness appeared to be high and similar between countries. Total scores for collaboration of pharmacists were 86.1 ± 7.4 in Australia, 88.5 ± 7.5 in the UK, and 89.1 ± 7.3 in Canada (mean ± SD, where higher scores represent more advanced collaboration), while the team effectiveness scores of the pharmacists were 88.6 ± 14.6 in Canada, 91.8 ± 14.6 in Australia and 97.5 ± 14.0 in the UK. Pharmacists who had worked in general practice for a longer time showed advanced interprofessional collaboration while those who worked exclusively in general practice had higher scores for team effectiveness. Overall, general practice pharmacists in the three countries were highly collaborative with general practitioners. Long-term employment and longer work hours could enhance interprofessional collaboration and team effectiveness in general practice pharmacists by improving trust and working relationships over time.
